Avaliação clínico-experimental dos efeitos da estimulação neuronal na resposta funcional, na neuroproteção e na neuroplasticidade após isquemia cerebral. Estudo da FES em pacientes portadores de sequela de AVE em modelo experimental em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Cecatto, Rebeca Boltes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-26052011-144903/
Resumo: INTRODUCÃO: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma das principais causas mundiais de morte e incapacidade crônica de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os mecanismos neuronais envolvidos na aquisição de funcionalidade e independência aapós o AVE estão em discussão na literatura e compreendem provavelmente a reativação do tecido neuronal da zona de penumbra, a resolução da diásquise, a reparação tecidual das áreas acometidas, e provavelmente mecanismos plásticos neuronais do tecido preservado adjacente à lesão. A estimulação elétrica funcional (FES) é utilizada com sucesso desde os anos 1960 para a estimulação e aquisição de funcionalidade após as lesões motoras corticais encontradas no AVE. A despeito disso, pouco se sabe sobre a influência da FES na neuroplasticidade e no neurotrofismo das áreas envolvidas com o controle motor. OBJETIVOS: Este estudo tem por objetivo avaliar a melhora funcional e mudanças na neuroplasticidade cortical de ratos submetidos à isquemia cerebral, tratados com um modelo experimental da FES. MÉTODOS: Analisamos um grupo de 8 ratos portadores de hemiparesia esquerda após isquemia encefálica cortical frontoparietal direita da área sensitivomotora das patas anterior e posterior, divididos em 2 grupos: A) sem uso de qualquer terapia após a lesão; e B) submetidos a um período de 14 dias de estimulação neuromotora com o uso de um modelo experimental da FES. Para a avaliação clínico-funcional foram realizados a Análise do Comportamento Motor Espontâneo pelo Infrared, e o Foot Fault Test nos momentos prévios a lesão, posterior a lesão antes da estimulação e posterior a 14 dias de estimulação com a FES. As respostas plásticas nesses animais foram analisadas através de imunorreatividades com o MAP-2 e o NF 200 nas regiões corticais e de corpo caloso. Todos os dados foram sumetidos à análise estatística. RESULTADOS: Foram encontradas diferenças estatísticas nos parâmetros funcionais do Foot Faul Test, na Análise do Comportamento com o Infrared e na imunomarcação da MAP-2 nas comparações dos grupos ESTIMULADO e NÃO ESTIMULADO, sendo que o grupo estimulado apresentou maior grau de recuperação motora que o grupo não estimulado. A análise da imunomarcação da MAP-2 demonstrou aumento na área imunomarcada no hemisfério lesado do grupo estimulado em comparação ao hemisfério não lesado e em comparação ao grupo não tratado. CONCLUSÕES: A recuperação motora induzida pela FES nestes animais foi acompanhada de modificações corticais representadas por uma maior imunorreatividade da MAP-2 no hemisfério lesado de animais tratados