Estudos dos efeitos tardios do tratamento antineoplásico sobre as estruturas dentárias e ósseas na infância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Quispe, Reyna Aguilar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-13072018-094110/
Resumo: A sobrevida de crianças que foram submetidos a tratamento antineoplásico tem se acrescentado nos últimos anos devido às novas alternativas de tratamento. Os sobreviventes de câncer infantil com frequência podem apresentar efeitos tardios decorrentes do tratamento antineoplásico. Diferentes órgãos podem apresentar efeitos tardios incluindo os dentes. Algumas anomalias dentárias são associadas aos efeitos da quimioterapia e/ou radioterapia. O estudo da influência do tratamento antineoplásico sobre a ocorrência de anomalias dentárias, permite saber quais os possíveis desafios no tratamento odontológico nos sobreviventes de câncer infantil. Este estudo, avaliou as anomalias dentárias e a idade dentária através de radiografias panorâmicas em sobreviventes de câncer infantil e compará-la com radiografias panorâmicas de indivíduos saudáveis. Foram avaliadas 111 radiografias panorâmicas de sobreviventes de câncer infantil comparadas a 111 radiografias panorâmicas de indivíduos saudáveis pareadas por idade e gênero respeito ao grupo de estudo, com análise de tipo duplo cego. Foram avaliadas um total de 16 tipos de anomalias dentárias de forma, tamanho, número assim como anomalias do desenvolvimento da raiz dentária classificadas em 5 tipos diferentes. A idade dentária foi avaliada pelo método de Demirjiam. A microdontia, hipodontia e anomalias do desenvolvimento da raiz foram as anomalias dentárias que apresentaram maior ocorrência nos sobreviventes de câncer da infância quando comparado a indivíduos saudáveis (p=<0,05). A microdontia esteve associada à idade de diagnóstico menor a 5 anos de idade (p=<0,04). O dente não irrompido teve associação com indivíduos que foram submetidos a quimioterapia concomitante com radioterapia (p=<0,001). Anomalias dentárias com uma quantidade >10 estiveram presentes somente no grupo de estudo. A idade dentária não apresentou diferença significativa entre os grupos (p=>0,05). Conclui-se que Indivíduos submetidos a quimioterapia e/ou radioterapia durante a infância apresentaram maior ocorrência de desenvolver anomalias dentárias. Porém, a idade dentária sugere não ser afetada pela quimioterapia e/ou radioterapia.