Águas de homens pretos - imaginário, cisma e cotidiano ancestral (São Paulo, séculos 19 ao 21)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rosa, Allan Santos da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-30112021-115755/
Resumo: O vasto manancial simbólico das Águas compõe cada texto das cinco cartas destinadas a um ancestral. O princípio é contemplar veredas e movimentos de homens pretos na capital paulista, considerando um ancestral também o rio que se torna um córrego suburbano. As imagens aquáticas organizam o enredo. Nutrição, higiene, trombas dágua, estagnação, fluidez, fervura, regeneração, amolecimento, diluição, afogamento, reflexo e profundidade são orientes para compreender a sensibilidade, o cotidiano e legados negros na cidade de São Paulo, no Brasil e nos espaços de presença afro-atlântica. Por isso, também é necessário deslindar e decifrar as vigas e expressões da Branquitude, esmiuçar seus eixos que envolvem e atravessam os passos de pessoas negras. Para o lápis, para o jeito de observar, roçar, escutar e farejar cada trilha, a Cisma é elementar. É matriz estilística e fundura filosófica de cicatriz, de espera e de curiosidade. Ela se firma em bases históricas concretas; em fundamentos espirituais e comunitários pretos antigos; nos labirintos frutíferos da personalidade e na imaginação duvidosa, trocando ideias com vivências modeladas em raiva, sereno, desolação, traquinagem e sonho. Criando ninhos e revides.