AIDS entre usuários de drogas injetáveis na última década do século XX, na região metropolitana de Santos, Estado de São Paulo - Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Mesquita, Fábio Caldas de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-31032020-110246/
Resumo: Antecedentes: A Região Metropolitana de Santos (RMS), SP, é conhecida como sendo uma das áreas com o maior número de casos de AIDS proporcionais à população do Brasil. O principal objetivo deste trabalho é estudar a tendência da epidemia de HIV e seus determinantes, entre os usuários de drogas injetáveis (UDis), durante a década de 90, na região. Métodos: Durante 1991/1992 (Estudo I; N= 220), 1994/1996 (Estudo II; N= 140), e 1999 (Estudo III; N= 108) foram conduzidos três estudos transversais. Todos os participantes foram entrevistados e testados para HIV, hepatites B e C. Resultados: A amostra, de 468 UDIs, tinha 70% de homens, 87% abaixo de 40 anos de idade. 84% com menos de 9 anos de educação formal. As taxas de soroprevalência para HIV foram de 63%, 65% e 42% nos respectivos estudos (p<0.001). O uso de crack cresceu de 11 o/o para 60% e 67% nos respectivos estudos (p<0.001 ). A freqüência de uso injetável (>5 vezes por dia) diminuiu de 42% no Estudo I, para 30% no Estudo 11 e para 15% no Estudo III (p<0.001). Não houve alteração significativa do padrão de sexo seguro na população. Conclusões: A taxa de prevalência de HIV decresceu entre o 2° e o 3° estudos, assim como a freqüência de uso de drogas injetável decresceu e o uso de crack aumentou. As mudanças nos padrões de consumo provavelmente afetaram mais a epidemia de HIV do que as modestas intervenções que a saúde pública pôde fazer nos últimos 10 anos.