Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1997 |
Autor(a) principal: |
Takiya, Harmi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-28102015-142657/
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Resumo: |
São Paulo, uma das maiores cidades do planeta, assenta-se sobre terrenos colinosos da Bacia Sedimentar de São Paulo adentrando também terrenos pré-cambrianos de morros e morrotes ao Norte a o Sul do Município. Os depósitos sedimentares e formações superficiais da Bacia de São Paulo vem sendo estudados por diversos autores contribuindo para o acúmulo de conhecimentos - que se mostra atualmente em estágio adiantado -, inclusive do ponto de vista geotécnico. O presente trabalho aborda alguns aspectos significativos desse conhecimento, particularmente no que diz respeito à determinação geocronológica e paleoclimática das coberturas aluviais e coluviais quaternárias, ao comportamento geotécnico dos materiais e da ocorrência de situações de risco geológico-geotécnico relacionados aos depósitos coluviais. Os depósitos aluviais no Município de São Paulo têm expressiva ocorrência na área, apresentando-se frequentemente cobertos por camadas de aterro. As idades obtidas sugerem duas fases principais de desenvolvimento de planícies aluviais na área, nos períodos compreendidos: 1) entre 32.000 e 18.000 anos AP ; e 2) entre 10.000 anos AP e o presente. A análise palinológica apontou paleoclima seco há cerca de 8.000 anos AP e condições climáticas mais úmidas, próximas das atuais há cerca de 4.000 anos AP. Já os colúvios, embora pouco descritos na literatura, são depósitos presentes em toda área, sendo melhor estudados na Zona Sul do munícipio. Na maioria das vezes esses depósitos apresentam stone lines constituídas predominantemente por quartzo, quartzito e fragmentos laterizados, as quais podem representar condições climáticas mais secas. Localmente foram observadas três fases de deposição. As datações radiocarbono efetuadas em fragmentos de carvão situados no topo dos depósitos de colúvio apontaram duas fases de coluvionamento, há 610 \'+OU-\' 80 anos AP e há 3000 \'+OU-\' 140 anos AP. Quanto aos depósitos da Formação Itaquaquecetuba, embora análises palinológicas indiquem idade eomiocênica, considera-se que essa questão ainda não se encontra suficientemente elucidada. A análise tectônica da área foi efetuada considerando-se informações indiretas, através de mapa de gradientes hidráulicos. Tais mapas sugerem a possibilidade de atuação de atividades neotectônicas (reativações) em estruturas já definida por outros autores, além de lineamentos com direção NE-SW e NW-SE a sudoeste da área. Quanto ao comportamento geotécnico dos depósitos analisados, ressalta-se que a classificação dos solos efetuada pelo método MCT (método expedito - 4ª aproximação) mostrou-se bastante efetiva. Os sedimentos argilosos intemperizados da Formação Resende apresentaram predominantemente comportamento laterítico; entretanto os sedimentos da Formação São Paulo exibiram comportamento não laterítico mostrando características mais favoráveis dos primeiros ao uso em obras viárias. Em relação aos depósitos quaternários verifica-se que os colúvios apresentam, em sua grande maioria comportamento laterítico. No entanto deve-se ressaltar que in situ exibem grande susceptibilidade à erosão, quando saturados. São apresentados ainda estudo de casos em áreas de risco geológico - geotécnico envolvendo escorregamentos associados à ocorrência de colúvios, exemplificando uma das aplicações da presente pesquisa. |