Sedimentação atual aplicada a portos no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1985
Autor(a) principal: Ponçano, Waldir Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-08092015-110055/
Resumo: As características da sedimentação atual em áreas de interesse à implantação/manutenção de portos são aqui apresentadas sob a perspectiva da história geológica mais recente, especialmente quaternária. Desta, destacam-se como eventos mais importantes os entalhes würmianos e subseqüentes oscilações do nível marinho, que, a partir de fatores tectônicos, explicam os principais traços da distribuição e conformação dos corpos d\'água costeiros. As investigações abrangeram as proximidades da Ilha dos Guarás (PA), a Baía de Sepetiba (RJ), Enseada dos Tainheiros e Baía de Aratu, na Baía de Todos os Santos (BA), e os estuários do Potengi (RN), de Santos (SP) e do Itajaí-Açu (SC). Na região de Gurás procedeu-se a estudo essencialmente cartográfico, através de fotos aéreas e cartas batimétricas defasadas, tendo-se constatado que, embora as profundidades dos canais de circulação se mantivessem no tempo, seus eixos de maiores profundidades apresentavam migração, compatível com o crescimento observado em partes emersas. Nos casos da Enseada dos Tainheiros, Baía de Aratu e Baía de Sepetiba, além das avaliações efetuadas a partir de cartas batimétricas e imagens de sensores, procedeu-se a levantamento sistemático das características dos sedimentos de superfície de fundo. Pôde-se nestes casos destacar a importância dos padrões regionais de circulação d\'águas e sedimentos, relacionados por sua vez a paleovales, na determinação das áreas mais e menos sucetíveis e erosão/deposição. Para os estuários, maior ênfase foi dada so estudo dos sedimentos de superfície, bem como a distribuição de salinidades e material em suspensão, como indicadores da tipologia estuarina. Esta abordagem foi particularmente desenvolvida para os estuários de Santos e do Itajaí-Açu. A influência fluvial na circulação estuarina aumenta do Potengi a santos ao Itajaí-Açu; no primeiro caso não há dados conclusivos sobre o tipo de circulação, embora os dados ) colhidos sejam sugestivos de mistura vertical. Já o Canal do Porto do estuário santista apresenta circulação em dois estratos, com mistura vertical, enquanto que o Canal de São Vicente apresenta circulação verticalmente homogênea, ambos sob condições de verão, de máxima descarga fluvial. Para o estuário do Itajaí-Açu, sob condições de vazões mínimas, pôde-se caracterizar circulação do tipo cunha salina para preamar, e em dois estratos com mistura vertical na baixa-mar. Variações temporais das fácies dos sedimentos de superfície dee fundo foram investigadas na Baía de Santos e, sob diversas condições de vazão, incluindo um episódio catastrófico, no estuário do Itajaí-Açu. No decorrer da exposição dos diferentes casos, são feitas diversas sugestões e revisões metodológicas. Destaque especial é dado ao problema da interpretação dinâmica dos parâmetros estatísticos granulométricos. Dados referentes a 588 amostras são altamente sugestivos de que desvio-padrão (grau de seleção), assimetria e curtose são dependentes, de modo definido e por intervalo granulométrico, do diâmetro médio.