Metodologia para comparação de fotografias da face com crânios para fins de identificação humana

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Curi, Janaina Paiva
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Crânio; Face; Forensic Dentistry; Fotografia; Human Identification; Identificação Humana; Odontologia Legal; Photograph; Skull
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23158/tde-24022021-174921/

Atualmente, no Brasil, existe um número alarmante de pessoas desaparecidas ou foragidas sendo que apenas parte delas são encontradas vivas. Apesar de haver modelos computadorizados de reconhecimento facial, há limitações dos algoritmos utilizados quanto aos resultados e alterações nas imagens, fato que inviabiliza ou compromete o estabelecimento de uma possível relação entre os indivíduos catalogados em bancos de dados fotográficos de desaparecidos. O trabalho buscou desenvolver uma metodologia de comparação fotoantropométrica entre crânios e fotografias de indivíduos vivos por meio da estimativa de oito pontos em tecidos moles com auxílio da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Essa tese foi realizada em três capítulos independentes, porém interligados. O capítulo I teve o objetivo de comprovar a possibilidade de se comparar fotografias entre si, utilizando um banco de dados, dispondo de proporções faciais provenientes dos pontos fotoantropométricos de 100 indivíduos. Uma vez que as oito grandezas escolhidas foram suficientes para limitar a busca, ou mesmo determinar quem era a pessoa, o objetivo do capítulo II foi realizar uma revisão sistemática com o propósito de evidenciar as metodologias e técnicas descritas na literatura, que permitem localizar e posicionar, sobre o crânio, os referidos pontos. Por fim, no capítulo III, utiliza-se das metodologias elencadas no capítulo II para relacionar os marcos anatômicos com dois crânios, por meio da TCFC, e suas respectivas fotos, as quais foram comparadas ao banco de dados do capítulo I, no intuito de encontrar os dois sujeitos dentre as 100 fotos. No capítulo I os resultados alcançaram um poder discriminatório e os indivíduos comparados foram encontrados dentre as 100 pessoas fotografadas. No capítulo II, os estudos selecionados apresentaram ampla heterogeneidade acerca das metodologias disponíveis para localização e posicionamento dos oito pontos fotoantropométricos. E o capítulo III comprovou a possibilidade de se comparar crânios a fotografias de indivíduos vivos, com a perspectiva de afunilar as buscas por indivíduos inseridos em bancos de dados de desaparecidos.