Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Kuhnen, Barbara |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154033
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Resumo: |
Na sociedade, a identificação humana é indispensável tanto por razões legais como humanitárias. Porém, existem situações em que corpos encontrados não são passíveis de reconhecimento ou quando não há suspeição, impossibilitando a identificação. Nesses casos, análises antropológicas são de extrema importância, pois permitem estabelecer o perfil biológico do sujeito. Assim, realiza-se a Reconstrução Facial Forense (RFF) para possibilitar o reconhecimento e levar a uma possível identificação. A RFF, para ser realizada, precisa dos valores das espessuras de tecidos moles faciais (ETMF) em diversos pontos craniométricos. Essas medidas servem como guia para se estabelecer um limiar do contorno da face e podem ser influenciadas por diferentes fatores como sexo, ancestralidade, idade e índice de massa corporal (IMC). Não há na literatura tabelas de ETMFs de crianças e adolescentes brasileiros, para auxiliarem na RFF. O objetivo desse trabalho foi realizar a mensuração da espessura de tecidos moles de crianças e adolescentes brasileiros, a partir de dados de imagens de Tomografias Computadorizadas de Feixe Cônico (TCFC) de indivíduos vivos, considerando-se as variáveis sexo, idade, cor da pele e índice de massa corporal. Neste estudo, foram mensurados os 21 pontos craniométricos pré- determinados por meio do software Osírix Lite, de imagens de TCFC da região de cabeça e pescoço de 103 não adultos brasileiros (39 crianças e 64 adolescentes), obtidas junto aos arquivos de imagens de uma clínica de Radiografias e Documentações Odontológicas localizada na cidade de Araraquara – SP. De acordo com os resultados obtidos houve diferença significativa (p≤0,05) nos pontos supraglabela, glabela, rinio, supradentale, supraorbital e gonion mensurados em crianças, e na amostra de adolescentes as diferenças significativas existentes foram nos pontos nasion, rinio, filtro-médio, supradentale, infradentale e na eminência frontal. Em todos esses pontos o sexo feminino apresentou média de espessura menor do que a do sexo masculino. Em 16 pontos craniométricos, crianças do sexo feminino brancas apresentaram médias de ETMFs mais baixas do que as não brancas. O mesmo, no sexo masculino, aconteceu com 9 pontos. No ponto gonion, houve evidência de que a média de espessura de crianças com cor da pele não branca é maior do que as brancas, seja qual for o sexo. Adolescentes brancos do sexo feminino apresentaram médias de ETMFs mais baixas do que não brancos em 17 pontos. No ponto suborbital, independente do sexo, a média encontrada para indivíduos brancos foi significativamente menor. Dezesseis adolescentes do sexo feminino com IMC acima do normal apresentaram valores médios de ETMFs maiores do que os com IMC normal. O mesmo ocorreu em 15 pontos nos adolescentes do sexo masculino. Novos estudos são sugeridos para auxiliar nos processos de investigação forense, em especial no que diz respeito à população não adulta brasileira, visto que em nosso país há um alto índice de desaparecimento e de homicídios de crianças e adolescentes. |