Trajetos na cidade: cartografias de saúde e subjetividade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lima, Priscila Tamis de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-26112013-183746/
Resumo: Nesta pesquisa cartografamos as experiências de trabalhadores da saúde em seus deslocamentos cotidianos em transporte público para o trabalho e investigamos a possível relação da experiência do percurso cotidiano com a produção de saúdes e subjetividades destes transeuntes da cidade de São Paulo: uma pequena parcela da população, que diz da experiência cotidiana vivida por um coletivo de milhões de pessoas. Com orientação transdisciplinar, a pesquisa parte da interlocução da Psicologia com saberes da Filosofia e Ciências Sociais; uma bricolagem de conceitos, perceptos e afetos experienciados no trânsito da cidade, empregando o método cartográfico e perspectivas do paradigma ético-estético-político advindo da Filosofia da Diferença. Afirmamos o pensamento a partir da indissociabilidade entre individual e coletivo, interior e exterior, dentro e fora, indivíduo e sociedade - o rompimento com as dicotomias e maniqueísmos que tradicionalmente marcaram a história científico-paradigmática. Os conceitos de saúde e subjetividade passam a ser dispositivos analisadores de investigação dos modos de vida contemporâneos e dos efeitos imprimidos nos corpos pela experiência cotidiana de deslocamento na cidade. A problematização dos conceitos e de nossas práticas de todos os dias implica em pensarmos nas possibilidades de novas territorializações, novas maneiras de compreender saúdes e subjetividades, novas políticas da narratividade. Saúde que não é só cura ou ausência de doenças, mas produção e afirmação de diferença e vida. Subjetividades que são constantemente as possibilidades de diferir-se, a invenção e criação de si e do mundo. Acompanhados dos acontecimentos afirmativos que tomaram as ruas da cidade em manifestações, construímos, pesquisadora e participantes-colaboradores, um bordado em linhas sobre as condições do transporte público na cidade de São Paulo e os efeitos dessa qualidade de deslocamento na vida da população. Uma conversação entre macropolíticas do Estado e micropolíticas do cotidiano, a complexificação da velocidade avassaladora e dos espaços comprimidos, a vontade de ser gente numa cidade.