Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Heriton Vinícios Serrão |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Piauí
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://deposita.ibict.br/handle/deposita/441
|
Resumo: |
A autovigilância configura-se como modo de subjetivação manifesto nas redes sociais virtuais. No Instagram posso ver isso no status conferido pelos usuários ao reconhecimento e à admiração do olhar do outro, que vão sendo progressivamente interiorizados, constituindo todo um campo de práticas consigo, de autorregramento e autocontrole que passam a reger a esfera íntima e privada, em que as esferas de cuidado e controle de si se fazem na exposição pública ao alcance do olhar do outro e à norma por ele representada, norma a qual chamo de “instagramável”. Frente a isso, questiono: Quais as relações entre a autovigilância no Instagram e a produção de subjetividades na contemporaneidade? Assim, objetivo: cartografar as relações entre autovigilância e a produção de subjetividades no Instagram. Para tal, pretendo: a) discutir a produção de subjetividades engendradas no contexto de vigilância; b) analisar como a autovigilância ocorre nas redes sociais; c) compreender o funcionamento do Instagram como dispositivo de visibilidade/vigilância; e d) mapear a autovigilância em perfis de nanoinfluenciadores no Instagram. Para tanto, uso como principais referenciais: Félix Guattari e Suely Rolnik (1996) e Luciana Miranda (2005; 2009) que discutem a produção de subjetividades; Michel Foucault (2009; 1987) e suas contribuições acerca a sociedade de disciplina; Gilles Deleuze (1992) e os escritos a sociedade de controle; Zygmunt Bauman (2014) com sua perspectiva pós-pan-óptica; Fernanda Bruno (2013), Pablo Rodrigues (2015), Paula Sibilia (2009; 2018) e Byung-Chul Han (2017) sobre a relação entre vigilância, subjetividades e contemporâneo; bem como de outros temas e interlocutores que possibilitam o enriquecimento da discussão. O caminho metodológico se faz na cartografia (KASTRUP, 2007) de sete perfis de nanoinfluenciadores no Instagram, com registro de narrativa em diários poéticos cartográficos, por meio do perfil @poetavigia, criado no Instagram para a pesquisa. As narrativas cartográficas se dão em uma polifonia entre o eu e a pesquisa, mas sabendo que na pesquisa existem corpos vivos, falantes, pensantes, agentes etc., assim como um território complexo, contextos e jogos de subjetivação diversos. A cartografia como pesquisa-intervenção produz conhecimento na medida em que se habita um território e se cria um plano comum, isto é, não se pesquisa sobre, mas com. Portanto, me percebo também como um ator neste percurso, como um oitavo perfil sendo estudado, em um território bastante mutável e movediço, exigindo idas e voltas. Nos resultados finais, dentre outras coisas, percebo que as subjetividades autovigilantes se configuram como instagramáveis e o instagramável é composto por linhas de produção capitalísticas homogêneas, mas também de resistência. |