Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Barros, Rafael dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9142/tde-02052023-110707/
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Resumo: |
Envelhecer compreende um fenômeno complexo, natural e irreversível, que submete o organismo a inúmeras alterações nos processos biológicos, fisiológicos, ambientais, psicológicos, comportamentais e sociais. Esse processo é caracterizado por um declínio gradual dos mecanismos homeostáticos do organismo, intimamente relacionados com o estado senescente. A senescência, quando diz respeito ao sistema imunológico, é denominada de imunossenescência, que pode ser definida como uma parada estável do ciclo celular associada a mudanças, com uma resposta que limita a proliferação de células envelhecidas ou danificadas. A autofagia está diretamente relacionada com a manutenção do fenótipo senescente, em que a atividade autofágica exerce um papel essencial e ativo na influência da biossíntese de proteínas e organelas. Essa via é regulada naturalmente pela proteína mTOR e quimicamente pelo fármaco rapamicina. Assim, pretendemos investigar: (1) as alterações no perfil corporal e hematimêtrico dos animais ao longo do tratamento com rapamicina; (2) avaliar o perfil de citocinas; (3) observar as modificações histológicas em órgãos linfoides primários e secundário; (4) analisar as populações de células linfoides e mieloides; e (5) avaliar a capacidade proliferativa de linfócitos in vitro. Camundongos SAMP-8 e SAMR-1 foram tratados com rapamicina durante dois meses. A mensuração da massa corporal e análises hematológicas foram realizadas antes e durante o tratamento. Amostras de soro, medula óssea, timo e baço foram analisados em ensaios de ELISA, histologia, população e subpopulações de células. Alterações na massa corporal, parâmetros hematológicos e celularidade de células foram nítidas entre os dois modelos utilizados. Diferenças também foram percebidas na detecção de citocinas IL-1β. IL-6 e TNF-α, com resultados significantes nas amostras de baço, timo e medula óssea. As citocinas IL-7 e IL-15 apresentaram diferenças de secreção entre os grupos, sendo a primeira maior detectada em camundongos com senescência acelerada tratados com rapamicina. Em nossa análise histológica observamos que os camundongos SAM-P8 apresentaram involução tímica. E nas subpopulações de linfócitos T do baço, células TCD4+ e TCD8+ estavam, respectivamente, em maior e menor quantidade nos camundongos SAM-P8 tratados com rapamicina. Dessa forma, o camundongo da linhagem SAM-P8 é um excelente modelo para se estudar as alterações da senescência, em que o mesmo apresenta características fisiológicas distintas dos camundongos utilizados como controle (SAM-R1). Além disso, verificamos que a dose de rapamicina empregada não desencadeou alterações que pudessem comprometer a resposta imunológica desses camundongos, bem como na possibilidade de atuar na resposta contra os efeitos complexos do envelhecimento. |