Aspectos da recepção do De Vulgari Eloquentia de Dante Alighieri em doze acervos da cidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lima, Paulo Sidnei de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8148/tde-16092020-200311/
Resumo: O De Vulgari Eloquentia, um tratado inacabado que Dante Alighieri (1265 1321) escreveu logo após o início do exílio, é uma obra que chegou até nós por meio de uma escassa tradição manuscrita. Dante não publicou esse seu tratado, que provavelmente permaneceu entre os seus manuscritos até a sua morte. Logo após, o texto passa por um longo período de esquecimento, nos séculos XIV e XV. Durante este período as cópias do tratado recebem títulos diferentes daquele escolhido por Dante, numa estratégia que tenta proteger a obra dos ataques que o nome e as posições políticas de seu autor haviam atraído no decorrer dos anos. O reaparecimento do tratado se dará apenas no século XVI, graças a uma tradução italiana de seu texto latino. O texto de Dante é logo envolvido nos acalorados debates da \"Questão da Língua\" na Itália; e assim permanecerá até o Ottocento. A fortuna crítica do De vulgari eloquentia é caracterizada por uma exegese complexa. No Brasil, inicialmente ela se dá por meio dos tradutores e comentadores da Divina Comédia; mas isso apenas a partir do final do séc. XIX. Na cidade de São Paulo, a circulação da obra foi inicialmente muito limitada, como atestam as poucas referências iniciais a ela. Não obstante, os autores que a divulgaram por meio de estudos publicados em São Paulo estabeleceram relações bem particulares com o tratado dantesco, o que é atestado pelo fato de a fortuna crítica da obra crescer significativamente nas duas primeiras décadas do século XXI.