Variáveis críticas para o desenvolvimento de aceleradoras sociais: uma análise a partir de modelos de simulação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ferreira, Rodrigo Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-17112023-211746/
Resumo: A importância dos negócios sociais vem crescendo nas últimas décadas (Ande, 2016) a ponto de serem hoje uma parte relevante do cenário de investimentos de muitas economias, até mesmo de países em desenvolvimento como o Brasil. Essas organizações são percebidas como uma forma importante de lidar com questões sociais e ambientais de forma economicamente sustentável por meio do mecanismo de mercado. No ecossistema que surgiu em torno dos negócios sociais, as aceleradoras sociais são atores importantes que podem ampliar o número ou potencializar o desenvolvimento de negócios sociais. Governos, multinacionais e a sociedade estão interessados em entender como estas funcionam, pois eles podem ter um papel importante na geração de impacto socioambientais. Este trabalho usa uma abordagem quali-quant por meio de um estudo multicaso (Eisenhardt,1989) por meio de modelos de simulação para entender quais são as variáveis-chave para o desenvolvimento das aceleradoras. Priorizou- se compreender como essas organizações podem vir a ser financeiramente autossustentáveis. Os dois casos explorados por meio de modelos elaborados com o software Vensim permitiram compreender diferentes possibilidades para os casos analisados. Encontrou-se dificuldade em sustentar financeiramente um programa de aceleração por meio de receitas das startups aceleradas. Embora tenham sido simulados cenários em que isso seja possível, o tempo para as startups saírem ou gerarem receita, dificultam que estas cubram os custos do programa. Mesmo assim, alguns empreendedores conseguem acelerar muitas startups com custos muito baixos. Essa dificuldade é a causa da existência de muitos programas diferentes embutidos nos aceleradores de impacto social e seu risco de mission drift (Santos Pache e Birkholz, 2015). As variáveis críticas encontradas para a viabilidade financeira das aceleradoras sociais foram a aquisição de conhecimento pela equipe da aceleradora, o número de startups sendo aceleradas, o número de startups por funcionário e a taxa de sucesso necessária para que as startups gerem exits e/ou ou receitas.