Aceleradoras de impacto: como podem contribuir para um OUTRO desenvolvimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Souza, Aline Gonçalves Videira de
Orientador(a): Pozzebon, Marlei
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/36609
Resumo: As aceleradoras de impacto, também chamadas de aceleradoras sociais ou de negócios de impacto, têm assumido um papel relevante no ecossistema de investimentos sustentáveis e de negócios de impacto. Elasoferecem programas de aceleração com mentorias, capacitações e, por vezes, empréstimos e negociação para se tornarem sócios dos negócios acelerados. O poder público, por sua vez, tem criado estratégias relacionadas às aceleradoras de impacto. No Brasil, se destaca a atuação da Estratégia Nacional de Economia de Impacto e o modelo Cerne que tem um olhar específico para aceleradoras de impacto. Esta tese analisa criticamente as dinâmicas adotadas por aceleradoras de negócios de impacto, identifica o grau do seu alinhamento aos Movimentos de Transição (transition movements), que é uma das alternativas de desenvolvimento, e compreende o papel das políticas públicas neste contexto. A pergunta de pesquisa: “Como as aceleradoras de impacto podem contribuir para um OUTRO desenvolvimento?” busca atender a um chamado da literatura, até agora marcada por trabalhos positivistas para colaborar, tanto do ponto de vista teórico quanto prático, a partir de uma reflexão crítica sobre a atuação das aceleradoras de impacto. Foi adotada a epistemologia crítico-construtivista e a revisão da literatura recaiu principalmente sobre três grupos: aceleradoras de impacto; coprodução de políticas públicas e alternativas de desenvolvimento com enfoque nos Movimentos de Transição. Essa revisão também assumiu uma função teórico-metodológica com a criação de um framework de análise a partir do Movimento de Transição para ser aplicado no contexto das aceleradoras. A partir deste framework, cinco dimensões foram analisadas: tempo, pessoal, coletiva, local e natureza, que geraram reflexões e contribuições teóricas e práticas. A ginga é proposta como conceito teórico do Sul Global como alternativa à resiliência, tão presente nas referências sobre Movimentos de Transição. A metodologia é a de pesquisa colaborativa e a interação com o material empírico – composto por 94 programas de aceleração, além de entrevistas e observação participante – considerou os espaços que a pesquisadora participa diretamente em como advogada e pesquisadora. O resultado final esperado, criado em colaboração com pessoas vinculadas ao tema, é conseguir apontar caminhos para OUTRO desenvolvimento, com mais coerência e alinhamento entre a atuação dessas aceleradoras com outros paradigmas de desenvolvimento.