Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Glauco Roberto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-04082016-140408/
|
Resumo: |
Esta pesquisa aborda as condições da produção do espaço urbano e sua imagem a partir da realização da Copa do Mundo de Futebol da Fédération Internationale de Football Association (FIFA) de 2014, e as contradições entre elas. Para tal, recorre, sobretudo, às bases teóricometodológicas advindas de Henri Lefebvre, Guy Debord e outros membros da Internacional Situacionista (IS), bem como a Karl Marx e Robert Kurz. As cidades sede da Copa de 2014, mais notadamente São Paulo, Rio de Janeiro e São Lourenço da Mata/Recife, constituem o espaço de análise para compreender as relações entre Estado e capital, bem como suas formas de efetivação no cotidiano e no espaço. Em busca de desvendar o papel do Estado na reprodução (crítica) do capitalismo, foram analisadas as leis federais voltadas para a Copa de 2014; a carta de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinada à construção das arenas; o Regime de Diferenciado de Contratações Públicas (RDC); as Parcerias Público-Privadas; e os Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CID) concedidos pela prefeitura de São Paulo. Os resultados e consequências desse processo efetivam-se na espacialidade urbana e em seu cotidiano por meio de estratégias como, por exemplo, FIFA Fan Fest,smart city,naming right,áreas de restrição comercial, crime por marketing de emboscada,ranking de cidadesmarcas, direitos de imagem e de marketing da FIFA. Diante disso irrompe a hipótese de que a produção do espaço espetaculariza-se, e a cidade torna-se cenário na medida em que sua imagem é produzida e comercializada autonomizada de seus conteúdos e contradições. Reduzida a cenário, a cidade vê-se diante de novos processos de fragmentação e segregação, o que possibilita avançar na compreensão de novos negócios com o urbano e sua paisagem. |