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Mediação, cultura e tecnologia nos currículos dos cursos de ciências da informação na Iberoamérica: repensando um campo científico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Moraes, Marielle Barros de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-05092017-092854/
Resumo: A presente pesquisa analisa como o conceito de mediação é contemplado no interior do currículo dos cursos de Ciências da Informação na Ibero-América. Possui como corpus privilegiado para análise os Projetos Político-Pedagógico (PPP) dos Cursos de Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia de três instituições, no Brasil e no México. Busca observar se a mediação propiciaria o diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia. Para tanto, investiga as concepções de mediação presentes nos PPP dos currículos dos cursos selecionados, buscando perceber como os conceitos de mediação, no âmbito da CI, poderiam contribuir para se esboçar um desenho mais inter ou transdisciplinar. A metodologia utilizada envolveu revisão bibliográfica, análise de documentos institucionais, estudos de caso e entrevistas com educadores e gestores educacionais. Os resultados demonstraram que nos textos dos PPP dos cursos analisados na área de Ciência da Informação do Brasil e do México, embora com algumas diferenças locais, a mediação é abordada de forma indireta, como algo que perpassa toda a atividade dos bibliotecários, arquivistas e museólogos, mas não é abordada especificamente como campo de reflexão próprio. Quando alguns currículos abordam e citam diretamente o termo, é mais vinculado aos aspectos práticos da profissão, incorporando a visão do mediador ser o facilitador entre a informação e o usuário. Nas entrevistas com os coordenadores dos cursos essa visão de mediação como \"práticas profissionais\" também é ressaltada. Isto foi confirmado nas entrevistas realizadas com os alunos, os quais tinham uma vaga ideia de esses profissionais atuavam como mediadores, embora não soubessem especificar do que se tratava o trabalho de mediação de bibliotecários, arquivistas e museólogos e, muitas vezes, citando como exemplos de mediação determinadas práticas profissionais. Conclui-se que o conceito de mediação, embora possua potencial estratégico para criar modos alternativos de construção curricular, de atuação dos profissionais da informação, ainda se encontra pouco presente na práxis dos currículos analisados. Na ausência, ou na pouca clareza do conceito de mediação, o diálogo entre a Arquivologia, a Biblioteconomia e a Museologia no campo do currículo e mesmo nas práticas profissionais, numa perspectiva inter ou transdisciplinar, encontra dificuldades para se constituir.