Apropriação da informação: os elementos, o processo e a materialização da informação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Borges, Ellen Valotta Elias [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180438
Resumo: Esta pesquisa partiu do pressuposto de que a informação não existe a priori e, portanto, direcionou o foco de seu estudo não para o objeto, mas para o processo de apropriação da informação. Nesse sentido, compreendeu-se a informação como um potencial em construção, uma quase-informação, ou seja, teve como embasamento a ideia de protoinformação defendida por Almeida Júnior. Reconhecer que a informação não existe a priori, implicou aceitar que ela precisa ser construída. Portanto, entendeu-se que é no processo de apropriação que a informação se materializa e passa a existir por meio de uma materialidade física ou não-física. Nesse sentido, o objetivo geral da pesquisa foi estudar a apropriação como um processo de materialização da informação dentro de uma perspectiva processual e semiótica de Peirce com o propósito de reconhecer que a materialidade da informação é algo também não-físico. Partiu-se de uma abordagem dialética e pragmática para compreender a relação significado-informação com base nas relações estabelecidas por Bakhtin entre palavra (material semiótico) e signo (ato ideológico); indicando uma representatividade ou uma relação causal que pode ser demonstrada pelo signo triádico de Peirce cuja construção depende das relações estabelecidas entre seus elementos (signo, objeto e interpretante). Como resultado, desenvolveu-se uma terminologia para a área da Ciência da Informação, definindo os elementos que fazem parte da materialização da informação. Chamou-se, então, de tríade da materialização as relações estabelecidas entre as partículas de protoinformação (PP), as Manifestações informacionais (MI) e a Consciência Informativa (CI). Este resultado possibilitou um diálogo interdisciplinar com a semiótica de Peirce, reafirmando o caráter processual da apropriação por meio de relações discursivas e dialéticas. Cabe salientar que o processo de apropriação se estabelece por interações sociais que não existem fora do ato da leitura. Partindo dessa perspectiva, compreendeu-se que a materialização da informação é um contínuo processo de construção, desconstrução e reconstrução, realizado na relação com o outro, por meio de diferentes leituras de mundo realizadas por diferentes sujeitos que interagem dentro de um contexto histórico, social e cultural.