Parâmetros hidrodinâmicos de um solo de várzea para fins de drenagem subterrânea

• Ano de defesa: 1996
• Autor(a) principal: Queiroz, Jose Elenildo
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA; DRENAGEM SUBTERRÂNEA; GEOESTATÍSTICA; POROSIDADE; SOLO DE VÁRZEA
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11143/tde-20210104-175340/

A variabilidade espacial é uma característica da maioria dos fenômenos naturais, incluindo-se, entre eles, aqueles relacionados com o movimento da água no solo. Em particular, para fins de drenagem subterrânea, a condutividade hidráulica do solo saturado (Ks) e a porosidade drenável (µ), são os parâmetros de maior interesse, tanto para utilização nas equações de dimensionamento do sistema, como em estudos da validade de modelos matemáticos para predição do lençol freático. A seleção de valores para uso nos cálculos de drenagem, constitui um aspecto de fundamental importância, o que requer uma análise criteriosa dos dados. Neste trabalho, valores de condutividade hidráulica do solo saturado e de porosidade drenável, foram analisados e discutidos com o objetivo de: i) analisar a magnitude da variabilidade e a distribuição estatística dos dados; ii) verificar a existência de dependência espacial visando o mapeamento e definição de zonas de menor variabilidade; iii) definir valores para dimensionamento do sistema de drenagem subterrânea, para um dado critério de drenagem, em condições de regime variável. O experimento foi conduzido num solo de várzea do campo experimental de drenagem do Departamento de Engenharia Rural, Campus da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. Adotou-se um esquema de amostragem sistemática numa área de 10m x 90m, quadriculada com espaçamento de 3,33 m entre colunas e 5,0 m entre linhas, totalizando 84 pontos. Em cada ponto foram realizados três testes de condutividade hidráulica (profundidades de 60, 90 e 120cm), utilizando-se o “auger hole method”. Um total de 84 amostras de solo com estruturas indeformadas foram extraídas (profundidade média de 30 cm) para determinação da porosidade drenável. As análises estatísticas mostraram que a condutividade hidráulica do solo saturado apresentou distribuição log-normal, alta variabilidade e estrutura de dependência espacial com alcance médio de 14m, enquanto que a porosidade drenável apresentou distribuição normal, variabilidade elevada, porém inferior a condutividade hidráulica, e dependência espacial com alcance médio de 22m. Os resultados evidenciaram que as análises através das técnicas clássicas e da geoestatística proporcionam informações úteis e complementares de grande importância nos estudos de drenagem subterrânea. A utilização da técnica de krigeagem permitiu a definição de zonas de menor variabilidade, tomando possível o dimensionamento do sistema de drenagem por sub-região. A definição de valores dos parâmetros analisados para toda região (metodologia tradicional), resulta em espaçamentos superestimados para algumas sub-regiões e subestimados para outras quando comparados aos valores obtidos através do zoneamento pelo processo de krigeagem.