Problemática da caracterização de solos aluviais para fins de drenagem subterrânea.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1977
Autor(a) principal: GOMES, Paulo César Farias.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3049
Resumo: O trabalho teve por objetivos estudar os problemas de interpretação e representatividade de resultados de campo de condutividade hidráulica de solos aluviais, definir o melhor método para sua caracterização, e verificar o procedimento mais adequado para a análise destes resultados, com fins de drenagem subterrânea. 0 trabalho foi conduzido no Projeto de Irrigação de São Gonçalo, PB., onde se estabeleceu um Campo Piloto de Testes de Drenagem Subterrânea, de 1,3 ha. Estudou-se também a variabilidade espacial, horizontal e vertical, das propriedades físico-hídricas como textura, densidade aparente ou global e infiltração básica, e as características do fluxo de água para os drenos através de testes de descarga. Para o estudo da condutividade hidráulica K, parâmetro de importância na definição das normas de drenagem para o delineamento de sistemas subterrâneos, usaram-se quatro métodos de campo (poço, piezômmetro, infiltração básica e descarga de drenos) e um método indireto baseado na granulometria. Em geral, observou-se uma grande variação espacial horizontal das propriedades físicas, principalmente devido a presença de misturas de camadas de solo com texturas areia barrenta e barro arenoso, com outras mais adensadas pela alta concentração de sódio. Constatou-se que os dados de densidade aparente e infiltração básica tendem a t e r uma distribuição normal. A variação da densidade aparente foi de 1,45 a 1,77 g cm -3 e a de infiltração básica de 0,065 a 1,28 m dia -1. No caso da condutividade hidráulica, verificou-se uma baixa correlação entre valores obtidos pelos diferentes métodos num mesmo lugar. Analisando os dados através do cálculo da probabilidade de ocorrência definiu -se que os valores de K seguem a tendência de uma distribuição logarítmica . Usando esta metodologia verificou - se que os valores representativos (50% de probabilidade ) dos diferentes métodos foram da mesma magnitude. Verificou-se ainda que, devido aos métodos fornecerem valores de K que representam diferentes camadas do perfil, dando, consequentemente, resultados de diferentes magnitudes, sua representatividade necessária seria obtida através da variabilidade espacial horizontal do solo. Dos métodos tradicionais para determinar K, poço e piezômetro, verificou - se que podem ser usados em solos aluviais desde que sujeitos a algumas restrições, como adequada densidade e distribuição de determinações, e dependência da presença ou ausência de muita estratificação sub - superficial. Para o caso dos testes de descarga de drenos subterrâneos, recuperou-se e limpou-se o sistema de drenagem da área de 1,3 há contendo drenos de manilhas de 60cm de comprimento e 10 cm de diâmetro, com um total de 5 linhas de drenos de 70m de comprimento, instalados a uma profundidade de 1,4m e 20m de espaçamento. Nesta área instalaram - se uma rede simétrica de 25 poços de observação e estruturas de saída nas linhas de drenos para facilitar a medida da vazão. Esta área foi recarregada durante 15 dias, e durante o período de descarga f izeram-se medidas simultâneas, a cada duas horas, da profundidade do lençol em todos os poços e da vazão nas cinco linhas de drenos, para a análise dos dados usaram-se a fórmula de Hooghoudt para fluxo permanente, e a de Glover-Dumm para fluxo não permanente, sendo este último caso o objetivo principal do trabalho. Encontrou-se que a expressão para fluxo não permanente não caracterizou adequadamente a condutividade hidráulica efetiva da área de fluxo, o fator de intensidade de drenagem, e a porosidade do perfil que contribui para o fluxo dos drenos. 0 uso da equação para fluxo permanente proporcionou valores de K mais próximos aos valores representativos obtidos pelos outros métodos de campo. Contudo, e devido a grande estratificação textural dos perfis, requer-se maior número de testes em condições variáveis de recarga, para definir o melhor procedimento de análise dos resultados.