Políticas linguísticas para o ensino de língua estrangeira no Brasil do século XIX, com ênfase na língua inglesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Vidotti, Joselita Júnia Viegas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-07112012-122108/
Resumo: Esta pesquisa tem como objeto de estudo o discurso político-educacional sobre o ensino de língua estrangeira (LE) no Brasil. Primeiramente examinamos o espaço de memória de ensino de LE no processo educacional brasileiro. Ao constatarmos que a lei que oficializou o ensino das línguas inglesa e francesa no Brasil (Decisão nº 29) havia se dado no início do século XIX (1809), decidimos investigar que discursos suscitaram a criação de políticas linguísticas para o ensino de LE no Brasil no século XIX. Sob a ótica da Análise do Discurso, de linha Pêcheutiana, investigamos os efeitos de sentido construídos a partir do discurso político-educacional sobre o ensino da língua inglesa no Brasil do século XIX, buscando compreender a formulação das políticas linguísticas da época em relação às LE e o estatuto destas naquelas políticas. O corpus foi composto por leis, debates parlamentares e relatórios ministeriais relacionados ao ensino da língua inglesa. A análise da materialidade linguística dos enunciados produzidos pelos sujeitos legisladores mostrou que a Decisão nº 29 instaurou um acontecimento discursivo, rompendo com a memória de não-regulamentação do ensino de LE no Brasil e fundou o sentido de utilidade das LE para a instrução pública no Brasil. Constatamos que a política de ensino de LE ancorava-se em um saber importado. Concluímos que o acontecimento discursivo instaurado pela Decisão nº 29 criou um lugar para as LE e estas também fizeram parte de uma política de produção e circulação de conhecimento.