Reanimação facial com retalho de músculo temporal: análise retrospectiva da técnica e resultados no tratamento da paralisia facial na Disciplina de Cirurgia Plástica do HCFMUSP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Cheroto Filho, Aylton
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5158/tde-11122007-113257/
Resumo: A paralisia facial é uma patologia de etiologia ampla, com prejuízos múltiplos e severos aos indivíduos afetados. Dentre os tratamentos cirúrgicos atualmente propostos a reanimação facial com retalho de músculo temporal se posiciona intermediariamente no espectro de complexidade. Neste estudo objetivou-se a identificação dos resultados com seu uso em nossa disciplina, pela revisão dos prontuários dos pacientes acometidos de tal patologia nos últimos 17 anos. Dos 152 prontuários avaliados, 93 se enquadravam nos critérios de inclusão. Destes, 36 casos com paralisia facial periférica completa foram passíveis de estudo, correspondendo a 39% dos casos de transposição. Os resultados foram uma predominância de pacientes do sexo feminino (26) em relação ao sexo masculino (10). A reanimação conjunta de pálpebra e boca com a transposição do músculo temporal correspondeu a 16 casos; pálpebra a 12 casos; e boca a 8 casos. Nos casos com transplante muscular microcirúrgico, o músculo grácil foi utilizado. A média de procedimentos ancilares das pacientes do sexo feminino foi superior a do sexo masculino. Alterações da técnica da transposição do músculo temporal foram observadas em casos a partir de 2001, com a neurotização muscular por enxerto transfacial de nervo sural em 9 casos. A técnica utilizada em nosso serviço se baseia no retalho de Gillies, mas com utilização da própria fáscia do temporal para seu alongamento, tanto para o tratamento das pálpebras como da boca. A neurotização do músculo temporal como descrita é inédita na literatura, e passível de futura comparação de resultados com as técnicas mais atuais.