A mística da resistência: culturas, histórias e imaginários rebeldes nos movimentos sociais latino-americanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Vargas Netto, Sebastiao Leal Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-12022008-112052/
Resumo: Esta tese analisa aspectos da cultura política de dois movimentos populares latinoamericanos: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a guerrilha mexicana do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN). Conseqüente com o desafio intelectual de construir um conhecimento crítico e de situar a relação histórica entre luta e consciência social, decifrando no emaranhado de vontades da cena histórica as possibilidades e a eficácia da utopia camponesa e indígena gestada na adversidade de séculos de dominações e \"resistências transformadoras\", este estudo pretende verificar, pela análise das complexas tradições históricas e ideológicas desses movimentos, qual a relação da radicalidade da luta com fatores culturais diversos. Utilizando diversos suportes documentais e a observação da vida cotidiana, tento reconstituir e refletir sobre o processo de criação de uma \"nova cultura política\" que contribui para a emergência de projetos e atitudes políticas que \"organizam a esperança e a rebeldia\" articulando e mesclando modernidade e tradição. A partir de uma abordagem do imaginário político-ideológico (mas também utópico-poético) analiso e comparo os discursos e memórias, os princípios, a religiosidade, a ritualística e a \"mística\" presente nesses movimentos a fim de rastrear \"afinidades\", convergências e divergências na cultura política que emerge do campo latinoamericano. Sugiro que um estudo em perspectiva temporal de larga duração possa ajudar na compreensão destes movimentos rebeldes que têm na utilização da memória histórica e dos seus símbolos \"ativadores\" de subjetividades que impulsionam suas práticas.