Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Renier, Fabrício |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59141/tde-14072023-160139/
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Resumo: |
No setor público, a atividade de gestão enfrenta problemas que exigem priorização de recursos, de demandas e de conflitos de interesse envolvendo seus atores, num campo marcado por estrutura deficitária, mau uso de recursos e corrupção. Na área educacional ela ocupa um espaço ainda mais desafiador, que requer do profissional atuação nos aspectos físico, sociopolítico, relacional, material, financeiro e pedagógico das instituições. Este estudo teve por objetivo descrever e comparar os fatores de risco psicossociais no trabalho de gestores públicos brasileiros da educação básica e superior, tendo com modelo norteador P-E fit, bem como compará-los com aqueles identificados na literatura geral. O Estudo 1 avaliou as produções científicas sobre os fatores de risco psicossociais no trabalho de gestores e como estes afetam sua saúde. Os resultados apontaram que os estudos relacionados a fatores de risco psicossociais presentes na função de gestão estão principalmente relacionados às categorias de tipo e produção de tarefas, saúde e bem-estar. Os resultados mostraram também impactos na saúde física e mental dos gestores. O Estudo 2 avaliou o impacto dos contextos - educação básica e educação superior - e a participação do cenário pandêmico sobre a percepção dos fatores de risco psicossociais junto a estes profissionais. Seus resultados apontaram que, em ambos os contextos de atuação dos gestores educacionais, as dimensões mais críticas estão relacionadas à falta de controle e baixo apoio da chefia. Também emergiu, principalmente na educação superior, a burocratização e demandas exorbitantes. Verificou-se divergência das percepções dos gestores da educação básica e superior nas dimensões demandas e relacionamentos: ambas percebidas em menor grau na educação básica e em maior na educação superior, e as correlações destas dimensões com as demais, também em ambos os contextos, se apresentam de maneiras opostas. Foram identificadas diferenças nos fatores de risco psicossociais em cargos de gestão (geral) apresentados na literatura e na gestão de educação pública, com agravante na da educação superior. Isso sugere que o contexto é determinante para o condicionamento da percepção em relação a riscos existentes no trabalho, o que evidencia a necessidade de ajustes específicos de gerenciamento, promoção de fatores protetivos e de intervenção, contribuindo para a redução dos efeitos negativos da exposição aos fatores riscos presentes no contexto de trabalho destes profissionais. |