Burnout e riscos psicossociais em líderes: indicadores e relações entre as temáticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ferreira, Vitória Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255850
Resumo: As mudanças no mundo do trabalho são constantes e trazem consequências para a saúde do trabalhador. O fenômeno do burnout conceitua-se a partir de três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal no trabalho, e é amplamente reconhecido como um desafio significativo para a saúde mental dos trabalhadores. Adicionalmente, ambientes de trabalho com altos índices de fatores de risco psicossociais foram associados a baixos indicadores de saúde física e mental. Em contrapartida, a literatura aponta que boas práticas de liderança se mostraram benéficas para todo o contexto organizacional. Esta pesquisa explorou a interligação entre o burnout, os fatores de risco psicossociais no trabalho e estilos de liderança em profissionais que ocupam cargos de liderança em organizações de diferentes setores. Os dados foram coletados por intermédio de quatro instrumentos, sendo um questionário sociodemográfico, e escalas que mensuram sintomas de burnout, comportamentos de diferentes estilos de liderança e fatores de risco psicossociais no trabalho. A amostra consistiu em 43 indivíduos maiores de 18 anos, autodenominados líderes, cuja participação na pesquisa teve início após autorização por meio do TCLE. Os dados foram examinados a partir de análises descritivas e inferenciais. Em todos os contextos, os índices de despersonalização relativos ao burnout foram altos. Líderes com idade até 35 anos e que trabalhavam em organizações do contexto público se mostraram como o grupo mais afetado por indicadores de burnout. Os resultados indicam também que as organizações públicas e do contexto da prestação de serviços são as que sofrem com maiores índices de fatores de risco psicossociais. Sobre a liderança, de forma geral, o estilo transacional prevaleceu nos contextos analisados. Esses achados apontam para a complexidade da interação entre burnout, fatores psicossociais e liderança, destacando a necessidade de intervenções e estratégias organizacionais para promover a saúde mental e o bem-estar no ambiente de trabalho.