Fatores de risco psicossociais e tecnoestresse em psicólogos clínicos que realizam atendimentos on-line

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Salla, Thaís Granato Riscifina
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Estresse; Fatores de risco psicossociais; Psicólogos; Psychologists; Psychosocial risk factors; Stress; Technostress; Tecnoestresse
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59141/tde-22112023-084200/

Verificou-se, com a pandemia da Covid-19, um aumento do número de psicólogos no regime de teletrabalho no Brasil. As pesquisas nacionais em relação aos impactos do teletrabalho para a saúde e tecnoestresse dos trabalhadores são incipientes. O presente trabalho tem como objetivo identificar o poder preditivo dos fatores psicossociais no trabalho sobre as dimensões do tecnoestresse (descrença, fadiga, ansiedade, ineficácia) existentes no teletrabalho de psicólogos clínicos que realizam atendimentos online. O trabalho será composto por dois artigos. No artigo 1 foi feita uma revisão de literatura, buscando sistematizar o que foi produzido nacional e internacionalmente acerca dos impactos do tecnoestresse no trabalho para a saúde dos trabalhadores. No artigo 2 foi realizado um estudo quantitativo para identificar os fatores de risco e tecnoestresse presentes no trabalho dos psicólogos clínicos brasileiros que estão realizando atendimentos clínicos mediados por tecnologias da informação. Foi aplicada a versão média do Copenhagen Psychosocial Questionnaire II (COPSOQ II), a Escala de Tecnoestresse - RED/TIC, ambas adaptadas e validadas para o Brasil, e um questionário para o levantamento de variáveis demográficas, laborais e psicossociais. Foram realizadas análises estatísticas utilizando o software SPSS. As dimensões do Tecnoestresse foram explicadas pelas variáveis Demandas (quantitativas, cognitivas e afetivas), Estresse (comportamental, somático e cognitivo), Vitalidade, Desenvolvimento no trabalho, e Satisfação no trabalho. Verificou-se também que as quatro dimensões do Tecnoestresse diminuem na medida em que aumenta a Satisfação no trabalho. Os resultados confirmam a literatura que indica a Satisfação no trabalho como um importante fator protetivo do Tecnoestresse. Os resultados deste trabalho podem ser utilizados no desenvolvimento de ações voltadas para o redesenho das características do trabalho remoto destes profissionais, buscando a prevenção e promoção da saúde mental e física no ambiente de trabalho, e de ações voltadas para a formação de psicólogos, visando a utilização das TICs nos atendimentos realizados de forma remota.