Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Simone Garcia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-03122024-153205/
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Resumo: |
Introdução: A gestão de custos tem se tornado parte da prática de enfermeiros, em especial, nas unidades de Centro Cirúrgico e Centro de Material e Esterilização (CME). O cancelamento cirúrgico tem implicações psicológicas, sociais e financeiras significativas para os pacientes e suas famílias. Adquire impactos econômicos adicionais para as instituições de saúde, quando ocorrem entre cirurgias ortopédicas que utilizem implantes e materiais consignados. Objetivos: Avaliar o desperdício gerado pelo processamento de instrumentais cirúrgicos consignados, preparados e não utilizados, em cirurgias ortopédicas eletivas com maior demanda de caixas consignadas. Como objetivos específicos, identificar as cirurgias ortopédicas eletivas com previsão de uso de instrumentais cirúrgicos consignados, responsáveis pela maior demanda de caixas consignadas no período de 2019 a 2021, canceladas e suas causas; mapear as etapas do processo de trabalho do CME durante o processamento de instrumentais cirúrgicos ortopédicos consignados; calcular o custo direto médio (CDM) das etapas do processamento de caixas de instrumentais cirúrgicos ortopédicos consignados; e estimar o custo total (CT) do cancelamento cirúrgico relacionado ao processamento de caixas de instrumentais cirúrgicos ortopédicos consignados preparados e não utilizados. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo-exploratório, do tipo estudo de caso, realizado em um hospital universitário de grande porte e alta complexidade, constituído por 316 leitos, CME centralizado e 11 salas operatórias de centro cirúrgico, conduzido em duas fases: (1) diagnóstico institucional/unidade de análise, (2) observação dos processos e descrição da realidade e mensuração dos recursos e custeio das etapas. Resultados: O estudo identificou 1.640 caixas de instrumentais cirúrgicos consignados processados e não utilizados nos períodos de 2019 a 2021. A maior demanda (854; 52%) de caixas desperdiçadas foram das cirurgias de artroplastia total de quadril, artrodese de coluna e artroplastia total de joelho. Destacaram-se as causas de cancelamento relacionadas à instituição (40; 47,0%), que envolviam principalmente problemas com o material; na sequência, problemas relacionados ao paciente (39; 45,9%), especialmente clínicos; e, por fim, problemas relacionados à equipe médica (6; 7%). Foram mapeadas seis etapas do processamento de caixas de instrumentais cirúrgicos consignados das cirurgias de artroplastia total de quadril, artrodese de coluna e artroplastia total de joelho: (E1) Recebimento e Conferência, (E2) Avaliação e Limpeza Manual, (E3) Limpeza Automatizada, (E4) Inspeção e Preparo, (E5) Esterilização e Armazenamento, (E6) Testes de Esterilização. O CDM do processamento das caixas de instrumentais cirúrgicos consignados para a cirurgia de quadril foi de R$31,72 (US$5.87), para a cirurgia de coluna, R$36,76 (US$6.81) e, para a cirurgia de joelho, R$34,54 (US$6.40). O desperdício esperado do processamento de instrumentais cirúrgicos consignados, apenas para os três tipos de cirurgias ortopédicas eletivas avaliadas, foi estimado em R$34.480,18 (US$ 6,385.22). Conclusão: A equação matemática construída permitiu avaliar o desperdício relacionado à produção e não utilização de caixas de instrumentais cirúrgicos consignados para procedimentos ortopédicos. Implicações para a prática: Espera-se que a equação gerada, e sua fácil operacionalização, permita sua aplicabilidade na prática de enfermeiros gestores do perioperatório, instrumentalizando-os para um planejamento pautado em dados institucionais, assistenciais e financeiros, visando a qualidade, a segurança e o melhor aproveitamento dos recursos controlando o desperdício. |