Sistema associativo de saneamento e seus efeitos sobre a populaçäo em comunidades do semi-árido baiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Orrico, Silvio Roberto Magalhães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-05012021-155450/
Resumo: Este trabalho apresenta um estudo sobre saneamento em seis localidades de pequeno porte no semi-árido baiano, onde foram implantados sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário dentro de uma ótica de tecnologia apropriada à realidade sócio econômica da região, incluindo nesse caso a educação sanitária, participação da comunidade e projetos de baixo custo de implantação e de simples operação e manutenção. Estas duas últimas, a cargo das associações locais e da federação das mesmas (Central 11). O objetivo foi analisar os efeitos da implantação dos sistemas de saneamento na população por meio de entrevistas e de coleta de dados secundários, e as tecnologias utilizadas nesses sistemas. Verificou-se o aumento do consumo de água per capita de 21L/hab.dia para 63L/hab.dia e redução de 60% do desembolso mensal familiar para compra da água. A frequência de hábitos adequadamente sanitários passou de 27% para 70%, em especial a prática do uso do sanitário, superior a 90%. A população aponta como principais vantagens decorrentes da implantação desses sistemas a eliminação do tempo anteriormente gasto para a busca da água (1 hora e 20 minutos por dia), as dores na coluna vertebral e a valorização de aproximadamente 50% do imóvel. Foi verificada, também, uma redução de 28,6% dos casos de diarréia em crianças de até 2 anos. A adesão ao sistema é superior 98% com uma taxa de inadimplência de 2%. O modelo adotado fortaleceu as associações locais que implantaram outras atividades comunitárias. Os benefícios à população nos aspectos de saúde, como de conforto e de economia promovem uma melhoria na qualidade de vida dos moradores dessas comunidades e justificam esse investimento.