Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Neri, George Ventura Alves |
Orientador(a): |
Martins, Adriana Sotero,
Salles, Maria José |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34358
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Resumo: |
A gestão do saneamento no Brasil enfrenta desafios, sobretudo pelo fato do crescimento populacional e urbano não serem levados em conta, influenciando direta ou indiretamente na manifestação dos problemas ambientais. A avaliação da combinação entre a universalização do acesso ao saneamento e a realidade encontrada através de um diagnóstico in situ, pode contribuir para levantamento de indicadores precisos sobre as vulnerabilidades regionais. O diagnóstico da situação do saneamento no perímetro urbano da cidade de Timon no estado do Maranhão, foi realizado para contribuir com informações que ofereçam base para tomadas de decisões da gestão pública. O levantamento das informações deu-se em uma amostra com 313 domicílios localizados no perímetro urbano da cidade. Para a determinação da quantidade e localização dos domicílios, inicialmente realizou-se uma avaliação do espaço geográfico da cidade, mapeamento e reconhecimento dos bairros, ressaltando características como área e vias de acesso, dividindo-o em quatro macrorregiões. Utilizou-se inquérito auto relatado, para levantamento de informações socioeconômicas, sobre o provimento e utilização da água, esgotos e descarte de resíduos domiciliares. As análises consistiram de dados da cidade como um todo, sendo construído um banco de dados no Programa Tabwin, que permitiu o cruzamento destes e a realização de análises estatísticas. Observou-se que mais de 61% da população armazena água nos domicílios, sobretudo na MRS e MRO. 5% da população não possui banheiro dentro do domicílio, refletindo riscos por destinação incorreta dos excretas. Ainda, 11% dos domicílios, afirmaram despejar dejetos do vaso em rede pública, sem tratamento algum, não passando por fossas sépticas, sendo despejados em sumidouros, podendo contaminar calçadas e locais de passagem de pedestres. A MRC apresentou melhor configuração de despejo sanitário, exibindo 58% de despejo em rede de tratamento, enquanto que a MRO demonstrou a pior realidade de despejo em rede pública, com apenas 33%. A MRO apresentou 13% do despejo lançado em sumidouros, e 5% em rede pública sem tratamento. Aproximadamente 3% da população em estudo não utiliza vaso sanitário para eliminação de excretas, dos quais o maior percentual de não uso do vaso encontrou-se na MRN, a mesma que exibe a maior proporção de domicílios sem banheiro, 9%. O volume de lixo informado pelos domicílios abordados, demonstra: uma grande quantidade de resíduos sendo descartado; resíduos sendo descartados sem coleta; resíduos coletados em períodos errados. A gestão pública municipal deve permanecer vigilante, principalmente na MRN e na MRO. O levantamento de dados a respeito da coleta de resíduos sólidos domiciliares demostrou que 17% dos domicílios não possuem coleta de resíduos pela companhia de coleta de lixo. Os dados levantados apontam para a necessidade da população por maiores informações sobre condutas corretas de higiene e que a gestão pública necessita ampliar o sistema de saneamento; bem como proporcionar uma coleta de resíduos sólidos adequada para a demanda de descarte atual da população. |