Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Kulessa, Erika |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-19042018-150048/
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Resumo: |
Esta dissertação apresenta os resultados de uma pesquisa exploratória sobre a linguagem nas aulas de Sociologia no Ensino Médio, a partir da análise das atividades escritas realizadas pelos estudantes. O cenário de baixo domínio da leitura e da escrita entre os brasileiros têm implicações para o ensino e aprendizagem da disciplina que devem ser discutidos. Autores como Bourdieu, Charlot e Bautier subsidiam uma reflexão sobre aspectos da relação entre linguagem e educação que produzem desigualdades escolares e sobre as características dos textos e discursos com os quais os estudantes devem familiarizar-se no Ensino Médio. A partir de uma concepção interacionista de linguagem e dos estudos socioculturais, avalia-se a contribuição que disciplina Sociologia pode representar no desenvolvimento das práticas linguísticas dos estudantes. A linguagem sociológica é compreendida como ferramenta para a interpretação da experiência social e engloba tanto os tanto conceitos e teorias, como também uma forma de discurso. A língua escrita, por sua vez, é uma ferramenta fundamental na construção do conhecimento científico, seja pelo seu potencial para a organização do pensamento, seja pela importância dos processos de descrição, comparação e argumentação na elaboração de teorias. O aporte dos estudos socioculturais indica a importância dos momentos de interação com a língua escrita para a construção do olhar sociológico também na educação básica. A análise das produções dos estudantes considerou a forma como aparecem os conceitos sociológicos nessas atividades, as características do discurso adotado e a relação entre os enunciados produzidos e o trabalho pedagógico realizado durante o curso. Docentes desenvolvem estratégias para lidar com as dificuldades dos estudantes em ler e escrever textos com uma linguagem mais conceitual e abstrata, como a sociologia apresenta, mas a pesquisa de campo em três escolas públicas paulistas sugere que frequentemente incorporam práticas de trabalho com textos consolidadas na cultura escolar, que são em parte responsáveis pelas dificuldades dos estudantes com a leitura e a escrita. Deve-se discutir, portanto, de que modo o trabalho com a linguagem nas aulas de Sociologia pode promover uma relação mais reflexiva, criativa e não reprodutiva com a língua escrita e, consequentemente, um aprendizado mais efetivo da Sociologia. |