Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Franco, Wilson de Albuquerque Cavalcanti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-19122018-095103/
|
Resumo: |
A tese trata dos lugares da psicanálise na clínica e na cultura. O conceito de lugar é emprestado do autor pós-colonialista Homi Bhabha, para quem os lugares da cultura são marcados pelo hibridismo, fazendo com que o pensamento crítico seja tal que habite o limite e a cesura; além de Bhabha, recorre-se a Derrida e à própria psicanálise como aportes na constituição da estratégia de pensamento que mobiliza a tese. A partir desses aportes tratou-se da forma como a psicanálise se inscreve nos textos em que se faz ativa, na cultura que a acolhe, nas instituições através das quais se transmite e na práxis clínica dos psicanalistas. Dois pontos críticos marcam a discussão: 1. questiona-se a ideia de que a psicanálise é intrinsecamente excepcional: seja essa excepcionalidade suposta em termos históricos, epistemológicos, clínicos e/ou políticos, em todos esses âmbitos tenta-se demonstrar a impertinência desse tipo de julgamento apriorístico. Sustenta-se, como alternativa, uma compreensão do lugar da psicanálise como marcado pelo jogo, pela abertura e pela indeterminação, lugar a ser definido e reiteradamente sustentado em função da inscrição que se pleiteia para ela. 2. Discute-se também o lugar dos autores canônicos no entendimento do devir histórico, institucional e clínico da psicanálise diferentemente das compreensões onde tal ou qual autor funda ou garante tal ou qual clínica ou modo de pensamento, sustenta-se que os autores canônicos estabelecem entre si parâmetros de jogos de poder no interior da psicanálise, de forma que o recurso a um dado autor não configura por si garantia ou apoio para nada, configurando, isso sim, a escolha de uma determinada plataforma estratégica a partir da qual as questões terão de ser distribuídas, enfrentadas e encaminhadas em vista do que se pretende. Nota-se através dessas análises um mote comum: às formas de compreender e localizar a psicanálise como modo de estabilização há de se opor outras, pensadas e propostas de forma a induzir a habitação dos limites a partir de onde a psicanálise, ao ser acionada, opera. Pretende-se, com essa discussão, contribuir tanto para a pesquisa em psicanálise (nos campos da história da psicanálise e da transmissão da psicanálise em função de suas instituições) como para a práxis clínica dos psicanalistas |