Sándor Ferenczi e a psicanálise: pela errância das experimentações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Casadore, Marcos Mariani [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97592
Resumo: Mesmo se considerada uma área recente no contexto histórico do conhecimento, a psicanálise já figura na nossa sociedade há mais de um século; pautada, inicialmente, enquanto processo terapêutico voltado ao tratamento das psiconeuroses, logo se caracterizou também como método investigativo e concepção teórico-científica de homem e de mundo. Com o passar dos anos, a psicanálise configurou-se, por fim, num saber bastante complexo e permanentemente revisto e ampliado, de acordo com os aspectos contemporâneos que a circundavam e demandavam, por sua vez, novos modos de intervenção e posicionamentos clínicos dos analistas. Muitos foram os nomes importantes que construíram esse movimento histórico psicanalítico, mas Sándor Ferenczi se destaca dentre os primeiros grandes psicanalistas pelo ímpeto e prioridade na busca constante por melhoras terapêuticas de seus pacientes e, ainda, pela aguçada sensibilidade clínica e inovações técnicas postuladas que, afinal, acabaram influenciando, direta ou indiretamente, boa parte do desenvolvimento posterior da teoria psicanalítica. Pretendemos neste estudo, outrossim, contribuir com novas leituras teóricas e posicionamentos críticos acerca dos trabalhos de Ferenczi que permanecem, até hoje, bastante atuais, efetivos e até mesmo contundentes – no que concerne, por exemplo, às problematizações da instituição psicanalítica e do papel do analista – para a atuação clínica e o pensamento acerca das demandas subjetivas e sociais da contemporaneidade. A partir de uma retomada histórica das suas construções teóricoclínicas, primeiro numa interrelação com a produção psicanalítica freudiana e, depois, numa divergência crescente entre seu posicionamento e o da maioria dos psicanalistas de sua época, destacaremos suas principais contribuições ao todo da ciência psicanalítica e sua influência na clínica contemporânea