Uso de medidas da área foliar sadia e refletância no manejo da mancha angular do feijoeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Canteri, Marcelo Giovanetti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20191220-132133/
Resumo: Foram conduzidos experimentos em feijoeiro, em dois anos de plantio, em folhas destacadas e em folhagem sob condições de campo, com o objetivo de verificar se medidas de refletância eram úteis para estimar a área foliar sadia de feijoeiro e assim serem utilizadas em programas de manejo da mancha angular (Phaeoisariopsis griseola (Sacc.) Ferraris). Foram estudadas as relações da refletância com as variáveis derivadas da área foliar, a severidade da mancha angular e a produção em feijoeiro. Testou-se a variação da refletância de acordo com a influência do cultivar, época de plantio, severidade da doença e estádio fenológico da cultura. Estimou-se a interferência da doença na eficiência fotossintética das plantas. Também se testou a sensibilidade das medidas de refletância para detecção de variações no índice da área foliar sadia e na absorção da área foliar sadia. As leituras de refletância foram feitas com um radiômetro de múltiplo espectro portátil, em 8 comprimentos de onda, entre 460 nm a 810 nm, em intervalos de 50 nm. As refletâncias do dossel em infravermelho (IR), 810 nm e vermelho (R), 660 nm e 610 nm, foram usadas para calcular os índices vegetativos ND810.660 e ND810.610, onde ND=(IR-R)/(IR+R). Em folhas destacadas, quanto maior o nível de severidade, maior foi a refletância nos comprimentos de onda de 460, 510, 560, 660 e 710 nm e menor em 760 e 810 nm. Não houve um comprimento de onda ou um índice vegetativo que pudesse ser usado para estimar apenas a severidade de doença no campo. No primeiro ano de plantio, as melhores relações com índice da área foliar sadia (HLAI) foram obtidas com a refletância em 810 nm (R810) (R2=84,7%) e com a diferença normalizada (ND810,660), usando 810 e 660 nm (R2=86,6%). A absorção da área foliar sadia (HRI) apresentou melhor relação com a ND810,610 (R2=82,6%). Houve influência do tratamento fungicida nas relações R810 x HLAI e ND810,660 x HLAI, e houve influência da época de plantio na relação ND810,610 x HRI. No segundo ano de plantio, a produção relacionou-se significativamente (P<0,01) e de forma linear com as variáveis duração da área foliar sadia (HAD) (R2=40,2%), absorção da área foliar sadia (HAA) (R2=44,8%) e integral da diferença normalizada, usando-se os comprimentos de onda 810 nm e 660 nm (AURND) (R2=50,1 %). A relação produção-área sob a curva de progresso da doença (AUDPC) foi menos consistente (R2=31,4%). Parcelas com mesmo nível de HAD apresentaram redução na produção para altos valores de AUDPC. Isto indicou uma redução da eficiência fotossintética das plantas em função da doença. Pulverizações para controle da mancha angular iniciadas aos 30 DAE apresentaram eficiência de 67,8%, decrescendo linearmente (P<0,01) até 0% aos 62 DAE. A 810,660 demonstrou relação com o HLAI (R2=89,7%) e com a HRI (R2=87,7%). A ND apresentou potencial para ser usada para estimar o HLAI e ser usada, juntamente com uma parcela controle e avaliações de severidade de doenças, para tomada de decisão baseada em LDE, em programas de manejo da mancha angular do feijoeiro.