Efeito de doenças foliares na eficiência fotossintética do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) como contribuição na avaliação de danos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Bassanezi, Renato Beozzo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20191220-135346/
Resumo: O efeito da ferrugem, mancha angular e antracnose do feijoeiro nos processos fisiológicos relacionados com a fotossíntese de folhas das cultivares Rosinha G-2 e Carioca Comum foi observado por meio de experimentos em condições de ambiente controlado e de campo. Inicialmente, em condição de ambiente controlado, acompanhou-se as mudanças provocadas pelos patógenos na fotossíntese, respiração, transpiração, condutância estomática e variáveis relacionadas com a emissão, respiração, transpiração condutância estomática e variáveis relacionadas com a emissão de fluorescência da clorofila α de folhas infectadas durante todo processo de desenvolvimento da doença sob diferentes temperaturas e nas duas cultivares. Em seguida, pela análise da curva de resposta da taxa de assimilação de CO2versus a concentração de intercelular CO2 (A/Ci) de folhas doentes com cada patógeno, determinou-se quais foram os fatores responsáveis pela redução da taxa fotossintética líquida nestas folhas doentes. A fotossíntese diminuiu e a respiração aumentou a partir do aparecimento dos sintomas das doenças. A transpiração e a condutância estomática diminuíram com o aumento da severidade de mancha angular e antracnose, mas não nas folhas com ferrugem. Além disso, a taxa fotossintética líquida das folhas com ferrugem, mancha angular e antracnose foi reduzida também na área foliar remanescente, sendo a resistência à carboxilação o principal fator desta redução nas folhas com ferrugem nas folhas com ferrugem e com mancha angular e a resistência estomática o principal fator nas folhas com antracnose. Posteriormente, relações entre a severidade de cada doença e seu efeito na atividade fotossintética das folhas de feijoeiro doentes foram estabelecidas, aplicando-se o conceito de lesão virtual proposto por Bastiaans (1991), em condições controladas e no campo. Valores de β em torno de 2, 4 e 8, respectivamente para ferrugem, mancha angular e antracnose, mostraram-se constantes mesmo quando determinados em diferentes épocas de avaliação após a infecção e estádios fenológicos da cultura, temperaturas de desenvolvimento da doença e duas cultivares de feijoeiro. Estes valores também foram associados aos mecanismos pelos quais os patógenos se relacionam com o hospedeiro e aos diferentes provocados pelas doenças. Finalmente, pela incorporação do valor de β no cálculo da severidade de doença, a área sob a curva de progresso da doença virtual (AUVDPC) não mostrou relação com a produção, do mesmo modo que a área sob a curva de progresso da doença (AUDPC). Entretanto, as variáveis que consideram a área fotossinteticamente ativa (PAD e PAA), explicaram melhor as variações na produção de plantas doentes de feijoeiro quando comparadas com as variáveis que consideram somente a área foliar verde remanescente (HAD e HAA).