Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Wilson, Ana Maria Miranda Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-10102022-124434/
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Resumo: |
Introdução: Os cuidadores dos pacientes com insuficiência cardíaca (IC) contribuem para os comportamentos de autocuidado (AC). Pesquisas recentes sugerem que o AC na IC é um fenômeno diádico em que características do paciente influenciam as contribuições do cuidador para o AC e vice-versa. Objetivo: analisar o AC em díades de pacientes com IC e seus cuidadores. Método: estudo transversal, realizado em dois ambulatórios de IC com amostra de 140 díades de pacientes com IC e seus cuidadores. O AC do paciente foi avaliado pelo Self-care Heart Failure Index e a contribuição do cuidador pelo Caregiver Contribution to Self-care Heart Failure Index. Variáveis do paciente (sociodemográficas, clínicas, qualidade de vida relacionada à saúde; conhecimento sobre a IC); e do cuidador (sociodemográficas, tensão do papel de cuidador, qualidade de vida e percepção de apoio social) foram analisadas quanto à influência no AC diádico. Modelagem de efeitos mistos foi adotada para derivar variáveis do AC diádico (média e incongruência do engajamento da díade no AC); e as influências de variáveis selecionadas no AC diádico foram analisadas por regressão linear múltipla. Resultados: Os pacientes (idade média de 64,30 DP = 11,61 anos; 56,43% do sexo masculino) e os cuidadores (idade média de 52,03 DP = 13,72 anos; 80,50% do sexo feminino; 48,57% cônjuges e 24,29% filhos dos pacientes) mostraram AC insuficiente, com escores de manutenção (pacientes - 51,69; cuidadores - 62,69) e de manejo (pacientes - 60,68; cuidadores - 62,85) abaixo de 70 pontos. Os escores de confiança para o AC também foram abaixo do adequado (pacientes - 64,52 e cuidadores - 63,25). As médias e as incongruências do AC diádico foram: 57,19 e 11,00 para AC de manutenção; 61,53 e 2,63 para o de manejo; os da confiança para AC diádico foram 63,89 e -1,27. As variáveis independentemente associadas ao AC diádico de manutenção foram: apoio social percebido pelo cuidador (0,113; p=0,005) e conhecimento da IC pelo paciente (0,101; p=0,036); ao AC de manejo: domínio físico da qualidade de vida relacionada à saúde do paciente (0,307; p<0,001), apoio social percebido pelo cuidador (0,135; p=0,009) e confiança do cuidador (0,139; 0,003); à confiança para o AC diádico foram: domínio psicológico da qualidade de vida do cuidador (0,013; p=0,047); e conhecimento do paciente sobre a IC (0,019; p<0,001). Foi possível identificar as variáveis independentemente associadas às incongruências no AC diádico. Conclusão: Os resultados mostraram que os coeficientes do AC diádico na IC, incluindo a confiança para o AC estão aquém do desejável. Iniciativas para melhorar o apoio social, a qualidade de vida psicológica e a confiança do cuidador, bem como o conhecimento do paciente sobre a IC têm potencial de influir positivamente no AC diádico. As díades em que os pacientes têm melhores avaliações do domínio físico da qualidade de vida estão mais vulneráveis ao AC insuficiente. Os resultados apoiam a necessidade de uma perspectiva diádica do AC na IC na prática clínica e na pesquisa, bem como a importância de abordar as necessidades de ambos os membros da díade para otimizar os desfechos tanto do paciente quanto do cuidador. |