Incidência, transmissão e controle de Bipolaris sorokiniana em sementes de trigo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: Forcelini, Carlos Alberto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20191108-094713/
Resumo: Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de determinar a taxa de transmissão de Bipolaris sorokiniana aos órgãos aéreos e radiculares do trigo. Foram utilizadas várias amostras de sementes naturalmente infectadas, submetidas a diferentes condições temperatura, profundidade de semeadura, tempo de armazenamento, desinfestação e tratamento químico. Os experimentos foram executados em Piracicaba - SP e Passo Fundo - RS, utilizando-se os métodos de papel de filtro com congelamento e o exame de plântulas desenvolvidas a partir da semeadura em substrato de areia, contida em caixas plásticas. Na média de nove amostras com incidência entre 6%. e 84%, B. sorokiniana foi transmitido ao mesocótilo, coleóptilo e plúmula, em percentuais de 68,7%, 71,5% e 20,1%, respectivamente, os dois primeiros iguais entre si e superiores ao último. Tanto para o coleóptilo quanto à plúmula, a transmissão foi detectada a partir do 7° dia após a semeadura, cresceu até o 21° e estabilizou após. A temperatura exerceu efeito sobre as sementes com incidência igualou superior a 38%, determinando maior transmissão ao sistema radicular a 15-20° C, maior passagem à parte aérea a 20-25°C e maior morte de plântulas a 25-30°C. A desinfestação das sementes com hipoclorito não afetou significativamente a transmissão do patógeno, demonstrando ser este processo dependente do inóculo presente no interior da semente. A profundidade de semeadura (1, 3 e 5cm) não exerceu efeito sobre a transmissão ao coleóptilo, porém, a transmissão à plúmula foi beneficiada pela semeadura superficial (lcm). O armazenamento das sementes ã temperatura de o 25+-3°C, durante 8 meses, reduziu a sobrevivência do pat6geno na semente sem, contudo, afetar a sua transmissão. Dos substratos de areia, areia estéril e solo estéril obteve-se transmissões semelhantes entre si. Na semeadura em solo não estéril, a transmissão foi 5,9% menor que a verificada em areia. Os fungicidas triadimenol e iprodione + tiram evitaram a transmissão de B. sorokiniana em sementes com incidência até 43, 7%. Acima deste valor foram eficientes os fungicidas carboxim + prochloraz (57%), fembuconazole e difenoconazole (63%). A eficiência dos fungicidas sobre a transmissão foi 5% superior à verificada á incidência. O tratamento de sementes não resultou em aumentos significativos na emergência de plântulas.