Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1997 |
Autor(a) principal: |
Bach, Erna Elisabeth |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20191220-112718/
|
Resumo: |
As doenças do trigo causadas por Bipolaris bicolor, Bipolaris sorokiniana e Drechslera tritici-repentis têm sido as causas mais importantes da baixa produtividade, acarretando consideráveis perdas no rendimento e redução de proteínas nos grãos utilizados para produção de farinhas. O objetivo do presente trabalho foi diferenciar os isolados com base na morfologia e bioquímica, estudar os sintomas e analisar as alterações bioquímicas nas diferentes interações planta-patógeno, bem como a indução de resistência como método alternativo de controle das mesmas. Morfologicamente os conídios dos isolados de D. tritici-repentis apresentaram-se significativamente maiores, em comprimento, do que os dos isolados de B. sorokiniana. Por sua vez, os isolados de B. bicolor apresentaram conídios mais largos do que os de D. tritici-repentis e B. sorokiniana. Análises eletroforéticas envolvendo esterases permitiram diferenciar os isolados de Drechslera sp. dos de Bipolaris sp. Testes de patogenicidade em casa-de-vegetação demostraram que o cultivar BH-1146 foi suscetível a todos os patógenos, na concentração de 105 conídios/mL e resistente na concentração de 103conídios/mL. O cultivar IAC-24 foi suscetível a todos os patógenos, em ambas as concentrações, e para os isolados de B. bicolor, um patógeno de raíz, foram observadas manchas foliares. Em plantas de trigo, a expressão da suscetibilidade pode ser alterada após o tratamento com indutores, antes da inoculação com o patógeno. Assim, plantas de trigo tratadas com conídios inativados pelo calor ou goma xantana, 48 e 72 horas antes da aplicação do patógeno, exibiram resistência induzida sistêmica. O tratamento não afetou a germinação nem a formação de apressório pelos conídios, sugerindo assim uma inibição após o processo de penetração. Sob condições de casa-de-vegetação foi obtido mais de 90% de proteção. As atividades da peroxidase, polifenoloxidade, beta-1,3-glucanase e a concentração de proteínas e teor de fenóis analisados e quantificados nos extratos foliares de plantas de trigo inoculadas com todos os isolados fúngicos. A atividade da peroxidase e a quantidade de fenóis nos extratos de plantas infectadas do cultivar suscetível, foram maiores do que das plantas sadias. Em relação a atividade da polifenoloxidase, beta-1,3-glucanase e concentração de proteínas, os valores foram menores do que os encontrados nas plantas sadias. Foram observadas também alterações metabólicas em plantas suscetíveis após a indução de resistência. Em relação as isoenzimas de esterase, atividades de beta-1,3-glucanase e polifenoloxidase e a concentração de proteínas estas tiveram aumento em relação as plantas sadias e infectadas. Os fenóis nas plantas tratadas tiveram redução em sua concentração. Essas alterações metabólicas induzidas nas plantas suscetíveis foram equivalentes as observadas nas plantas resistentes. Finalmente, os resultados sugerem que a resistência é devida a um grupo de substâncias e enzimas envolvidas na defesa da planta. |