Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ruellas, Heitor Ramos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17165/tde-01122022-124551/
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Resumo: |
Introdução: O transplante renal é a melhor terapia substitutiva para doença renal crônica terminal, a mais custo efetiva e com melhor qualidade de vida. A perda do enxerto com necessidade de remoção cirúrgica no primeiro mês do pós-operatório, período de maior ocorrência da trombose vascular, é complicação prevista, temida e decepcionante e pode comprometer o sucesso de futura tentativa, secundário à sensibilização imunológica. Objetivo: Identificar a incidência e possíveis fatores de risco associados à transplantectomia no período de 30 dias no pós-operatório. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo observacional com 581 pacientes submetidos a transplante renal no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP), no período de fevereiro de 2010 a abril de 2020. Foram coletadas informações do doador, receptor, órgão transplantado e procedimento cirúrgico. Excluindo menores de 18 anos (36), doadores vivos (33), transplante multi-órgão (36) e registro insuficiente de dados (1), obteve-se amostra com 475 pacientes. Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (61,47%). Hemodiálise era a modalidade de tratamento para 93,8% dos indivíduos e 44 (9,63%) já tinham realizado transplante renal previamente. O tempo de isquemia fria (TIF) médio foi de 25,76 ± 5,60 horas. A retirada do enxerto nos primeiros 30 dias de pós-operatório do transplante renal ocorreu em 35 pacientes (7,35%), sendo sete (20%) nas primeiras 24 horas, 18 (51,42%) na primeira semana e 17 (48,58%) após a primeira semana. A trombose vascular foi responsável por 29 dos 35 eventos determinantes da nefrectomia, (82,8%), sendo por trombose venosa em 12 (34,3%), arterial em seis (17,14%) e arterial + venosa em 11 (31,43%). A causa das seis transplantectomias remanescentes (17,2%) foi ruptura da anastomose arterial (3), rejeição aguda (1), suspeita de neoplasia maligna (1) e impossibilidade de controle de sangramento pós-biópsia. Foi aplicada heparina em 193 pacientes (40,63%) por indicação da equipe e não vinculada a um protocolo específico, observando-se que entre os 35 pacientes submetidos à transplantectomia, oito utilizaram heparina e 27 não (Odds Ratio - OR=0,57; Intervalo de Confiança - IC= 0,20-0,93, p=0,03) com Number Needed to Treat (NNT) de 18,53. Conclusão: A heparina demonstrou possível efeito protetor sobre a perda precoce do enxerto e necessidade de transplantectomia. |