Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Pollachi, Natália |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/101/101131/tde-09062017-171836/
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Resumo: |
Esta dissertação consiste na análise da evolução da política de segurança do governo colombiano entre 2008 e 2016 para lidar com as FARC, conjuntamente com a análise da evolução das preferências de atores políticos domésticos e internacionais que compuseram uma representação da sociedade colombiana e de suas relações internacionais em momentos-chave desta transição. As preferências destes atores foram agrupadas em tipos ideais: a favor da exclusividade do combate militar ou de negociações que, informalmente reunidas, formam coalizões multiníveis em prol de uma ou outra diretriz. O objetivo foi identificar qual sustentação política possibilitou uma ruptura na política de segurança colombiana antes exclusivamente voltada ao combate e que se direcionou para o início de negociações dado que, diferentemente das duas rupturas anteriores, esta não foi resultado de uma escolha direta da população nas eleições presidenciais. A hipótese sustentada na pesquisa é que mudanças contextuais ocorreram simultaneamente nos âmbitos doméstico e internacional e que ambas foram igualmente necessárias para o sucesso desta transição. Estas mudanças contextuais geraram também uma mudança de narrativa da promoção da imagem da Colômbia como um Estado frágil para a de um país em franco desenvolvimento. A contribuição a que esta pesquisa se propõe é romper a barreira de análise destes dois âmbitos tratados na literatura primordialmente de forma cindida, impondo um empecilho para a compreensão desta política que é simultaneamente doméstica e internacional, impedindo uma maior compreensão dos mecanismos causais da sua evolução. Esta análise simultânea permitiu identificar um descompasso entre o entusiasmo internacional com a negociação e um cenário doméstico polarizado com preferências conflitantes. Os elementos que a pesquisa encontra como determinantes para esta transição são que este conflito, que fora intensamente internacionalizado, ter passado por um processo de \"renacionalização\" e também de estagnação em um confronto de baixa intensidade, redistribuindo os custos e os pesos dos atores politicamente determinantes. Em relação aos atores políticos, a pesquisa identifica que foram necessários para a transição: o presidente colombiano e as FARC, o Congresso colombiano, EUA e Venezuela. O apoio direto da mídia, da opinião pública e da União Europeia não teriam sido necessários, mas são importantes para a consistência política e para o sucesso na implementação da negociação e do processo transicional. |