Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Tecchio, Rodrigo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14133/tde-07052024-115342/
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Resumo: |
Os eventos de ressacas no mar, causados por forçantes astronômicas e meteoceanográficas e amplificados pela ação das ondas, representam riscos significativos à navegação, à vida humana no mar e às áreas costeiras. Nesse sentido, a utilização de produtos derivados de modelos numéricos de previsão de ondas é essencial para identificar ressacas e emitir alertas, garantindo a segurança marítima, a engenharia costeira e o planejamento urbano. Com o objetivo de aprimorar as ferramentas de previsão de ressacas, foram desenvolvidos novos produtos baseados no fluxo de energia das ondas (Pw kW/m). Buscando mensurar tais eventos, este trabalho objetivou criar uma escala de classificação específica para cada estado da costa Sul e Sudeste do Brasil, com base na energia total do evento (E_total kWh/m), no máximo Pw observado e na direção de propagação da energia, com dados da reanálise Waverys. Dessa forma, eventos com altura significativa das ondas (Hs) acima de 2,5m e duração mínima de 24h foram categorizados em cinco grupos usando o método k-means, dividindo a escala em três classes: Leve, Moderada e Severa, com duas subclasses para as duas primeiras categorias, cuja validação restringiu-se ao estado de Santa Catarina, devido à ausência de um banco nacional de informações sobre ressacas. A classificação de 40 eventos indica que as regiões Norte e Centro-Norte de Santa Catarina têm sofrido danos até mesmo de ressacas de baixa intensidade, inclusive por alturas de onda abaixo do critério utilizado, provavelmente ocasionados pela ocupação desordenada da região costeira. Identificou-se ainda que a ocorrência de marés de sizígia foi determinante nesses casos, ressaltando a importância de considerá-las na avaliação de riscos de ressacas. Finalmente, para auxiliar nas previsões, desenvolveu-se um roteiro estruturado de análise desses eventos, bem como o Sistema de Monitoramento de Ondas para Previsão de Ressacas (SisMOPreR), uma plataforma web, que consolida uma série de mapas, diagramas e informações em tempo real provenientes de boias e marégrafos, configurando-se como uma ferramenta integral para a predição de tais fenômenos. |