Elevação extrema na Plataforma Continental Sudeste devido à ressaca: uma análise numérica e estatística

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pinto, Andressa Palma
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21135/tde-07022024-142153/
Resumo: A combinação construtiva das elevações no nível do mar provocadas pela maré meteorológica e pela maré astronômica de grande amplitude resulta em uma mare alta anômala, denominada ressaca. Entretanto, a ocorrência de uma ressaca não está sujeita à coincidência entre os picos de maré astronômica e de maré meteorológica, conforme observado em eventos recentes de ressaca na região da Plataforma Continental Sudeste (PCSE). Este estudo tem, então, como objetivo descrever eventos teóricos de máxima elevação do nível do mar na PCSE, decorrentes dessa coincidência de picos, por meio de modelagem numérica. Para isto, o modelo hidrodinâmico Regional Ocean Modelling System (ROMS) foi implementado para a região da PCSE, forçado pelas marés, ventos e variações do nível médio do mar. Foram realizadas 12 simulações numéricas para um período de 11 anos, de forma a se criar um cenário hipotético onde o pico de maré meteorológica coincidisse com o pico de maré astronômica. Dentre as simulações numéricas, foram analisados os eventos de ressaca ocorridos em agosto de 2016 e fevereiro de 2020 no litoral de São Paulo. Os resultados revelaram que a anomalia de elevação do nível do mar aumenta cerca de 0,10 m em cenários de quase total concordância dos picos dos sinais maregráfico e submaregráfico. Considerando todas as simulações numéricas, estimou-se que o intervalo de ocorrência de eventos de elevação do nível do mar maiores ou iguais as elevações máximas obtidas no cenário realístico foi de aproximadamente 1 evento a cada 15 anos. Destaca-se que esses resultados serão drasticamente agravados quando considerado o aumento do nível do mar devido às mudanças climáticas.