O envolvimento das glândulas salivares na doença do enxerto contra o hospedeiro: estudo bioquímico e análise proteômica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Antunes, Milena Monteiro de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-11092017-131500/
Resumo: A doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) é uma complicação que ocorre após o transplante alogênico de medula óssea. A doença é mediada por células T do enxerto que atacam as células e os tecidos do receptor; um processo inflamatório, que ataca vários órgãos e tecidos, sendo este processo responsável por 15% das causas de óbito após o acometimento da doença. As citocinas estão envolvidas na ativação das células T citotóxicas e células natural killer (NK), que causam as lesões nas glândulas salivares e exibem características de morte celular com infiltração de linfócitos conduzindo à apoptose. É conhecido que as unidades secretoras das glândulas salivares, após serem acometidas pela DECH, não recuperam o seu status funcional e a presença do infiltrado inflamatório pode ser um fator importante na fibrose das glândulas salivares e outros tecidos. Há evidências de uma redução significativa do fluxo salivar nos pacientes com DECH e de alterações importantes na proteômica salivar (IgA, IgG, lactoferrina) e polimorfismos que modifiquem a síntese de proteínas que devem ser consideradas para a evolução do paciente. Consequentemente os pacientes apresentam redução de fluxo salivar, com perda variável das unidades secretoras glandulares, comprometendo a qualidade de vida e os resultados do transplante. E para melhor compreensão da DECH, contribuindo para o diagnóstico precoce e na conduta destes pacientes, o presente estudo determinou o perfil proteômico dos pacientes com a doença do enxerto contra o hospedeiro crônica e comparou com o perfil de proteínas dos pacientes submetidos ao transplante de células tronco hematopoiéticas em cinco diferentes períodos, por meio da coleta de saliva, uma técnica não invasiva, e análise proteômica; além de comparar o perfil com os grupos controles (Líquen plano oral e indivíduos saudáveis). Foram incluídos neste estudo o total de 23 pacientes submetidos ao transplante de células-tronco hematopoiéticas, na Unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. As amostras foram submetidas a análises prévias em gel de poliacrilamida contendo dodecil sulfato de sódio (SDS) e gel bidimensional (2-DE) para o conhecimento do perfil proteômico destes pacientes. As análises foram feitas por espectrometria de massa e os dados obtidos foram confrontados com banco de dados humanos. As proteínas do grupo dos pacientes com DECHc foram comparadas com o grupo controle de indivíduos saudáveis, por meio do heatmap, e ressaltamos as proteínas de maior abundância. Portanto 16 proteínas mostraram uma maior expressão, Ig gamma-1 chain C region; Isoform H14 of Myeloperoxidase; Isoform 2 of 14-3-3 protein Sigma; Fibrinogen beta chain; Alpha- 1-acidic glycoprotein 1; Isoform gamma-A of Fibrinogen gamma chain; Hemopexin; Keratin type I CK 14; Alpha-2-Macroglobulin; Thioredoxin; Complement C3; Vitamin D; Keratin type I CK16; Lactoperoxidase; Cystatin B e Neutrophil elastase. No entanto, ao comparamos estas proteínas com os diversos períodos analisados e os grupos controles, ressaltamos a importância de três proteínas para a doença do enxerto contra o hospedeiro crônica: Isoform 2 of 14-3-3 protein sigma, Hemopexin e CK14