Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Serignolli, Ana Letícia [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/144495
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Resumo: |
A Doença Enxerto Contra o Hospedeiro (DECH) é uma das principais complicações em pacientes pós transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH), onde as células T do doador agridem os tecidos do receptor resultando em uma das principais causas de mortalidade e morbidade. Ocorre em cerca de metade dos pacientes que realizaram transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH). A pele é um dos órgãos mais acometidos. A DECH é dividida da forma aguda (DECH-a) e crônica (DECH-c), de acordo com o tempo de aparecimento dos achados clínicos e histopatológicos. A DECH de pele é classificada em graus variados, de I a IV, de acordo com o comprometimento. O presente estudo teve como objetivo avaliar a incidência de DECH-a cutânea entre os pacientes submetidos ao TCTH alogênico, aparentado, no Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital Amaral Carvalho em Jaú/SP. Também foi objetivo do estudo a análise do perfil destes pacientes, a incidência e o impacto da doença na mortalidade precoce nos 100 primeiros dias pós TCTH. Os procedimentos metodológicos envolveram análise retrospectiva de dados retirados de planilhas do setor administrativo do Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital Amaral Carvalho em Jaú/SP, contendo informações de 1113 pacientes que estiveram internados para a realização de transplante de medula óssea alogênico, aparentado, no período de agosto de 1996 a dezembro de 2013. Foram incluídos 582 pacientes cujas as doenças eram de linhagem mielóide - as mielopatias malignas (Leucemia Mieloide Aguda, Leucemia Mieloide Crônica, Síndrome Mielodisplásica e Doença Mieloproliferativa Crônica) para que o grupo pesquisado se tornasse homogêneo em termos de drogas e condicionamento. Esses 582 pacientes englobaram 2 grupos: pacientes que apresentaram DECH-a exclusiva de pele e pacientes que não apresentaram nenhum tipo de DECH. Todos os dados foram revisados e submetidos a análise estatística univariada e multivariada. Na análise univariada, observa-se maior sobrevida em 10 anos para os indivíduos com DECH-a de pele grau I e II (p=0.039) e para os transplantados com células de Medula Óssea (0.018). Essa significância estatística foi mantida na análise multivariada. A principal causa da mortalidade nos primeiros 100 primeiros dias do transplante foi a recidiva da doença de base, sendo a DECH aguda responsável por 6% dos óbitos nesse período. Não houve diferença significativa para os outros dados pesquisados. Conclui-se então que uma escolha adequada de doadores, além do uso de fonte de medula óssea como principal escolha para realização de transplante de medula óssea, podem diminuir a incidência de DECH-a de pele, além de aumentar a sobrevida dos pacientes transplantados. |