Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Severo, Júlia Só |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-27102015-085926/
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Resumo: |
O pênfigo foliáceo inclui-se em um grupo de dermatoses autoimunes vésico-bolhosas da pele e mucosas reconhecido em alguns mamíferos, incluíndo os cães. Muitos autores acreditam que o pênfigo foliáceo (PF) é a dermatopatia autoimune mais frequentemente observada em caninos. Muitas podem ser as enfermidades caninas que devem ser incluídas no diagnóstico diferencial do pênfigo foliáceo, principalmente, a piodermite superficial (PS). A Proteína C Reativa (PCr) é conhecida como a principal proteína de fase aguda em cães. Nesses espécimes, a elevação da PCr tem sido observada em ampla variedade de condições mórbidas. A determinação da PCr tem sido proposta como um marcador inflamatório de algumas doenças autoimunes. O objetivo deste estudo foi determinar se a Proteína C Reativa pode ser utilizada como um marcador biológico precoce para diferenciar o pênfigo foliáceo da piodermite superficial em cães. Esta pesquisa constituiu um estudo clínico observacional prospectivo longitudinal, realizada em cães acometidos pelo PF ou PS. Foram incluídos 59 cães divididos em três Grupos I (Controle) com 31 animais, II (PF) e III (PS), cada um constituído por 14 cães. Submeteram-se, respectivamente, fragmentos cutâneos e soros de caninos, acometidos por PF ou PS, a exames histopatologicos e imunofluorescência direta (IFD) e à determinação de PCr e, também, a imunofluorescência indireta (IFI), utilizando-se para essa última coxins palmo-plantares a título de substrato. O grau de acometimento dos pacientes penfigosos (Grupo II) foi avaliado pelo PEFESI, durante período de até 90 dias, em diferentes momentos em que se realizou a IFI e a avaliação da PCr. Comparando-se os valores de IFD com aqueles da histopatologia obtiveram-se valores geral de concordância de 75% (9/12) e Índice Kappa de 0,77 (p<0,001) e, também, concordância dita substancial entre os dois métodos. Já, na IFI o valor de concordância foi de 100% (14/14), o de Kappa de 1,0 (p<0,001), com concordância considerada perfeita entre a IFI e a histopatologia. O Grupo II apresentou maior valor de mediana de PCr (37,4µg/mL) quando comparado aos Grupos I, com 2,9 µg/mL (p<0,0001) e III, com 3,8 µg/mL (p=0,008). Não houve diferença entre os Grupos I e III (p=0,178). Considerando-se como ponto de corte um valor de PCr > 10,6µg/mL, a chance de um animal estar acometido pelo PF é 5,5 vezes maior àquela de um cão não afetado, o que equivale a uma probabilidade pós-teste de 84,6%, conferindo um acréscimo de 34,6% na capacidade de diagnóstico do PF. Conclui-se que determinação de PCr é de inequívoca valia para o estabelecimento de diferenciação diagnóstica entre a casuística da contumaz piodermite superficial com quadros do pênfigo foliáceo canino |