Efeitos da sinalização de intervenções na psicoterapia analítica funcional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Mangabeira, Victor
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-08052015-153617/
Resumo: A Psicoterapia Analítica Funcional (FAP) baseia-se no behaviorismo radical e propõe como mecanismo de mudança a modelagem de comportamentos clinicamente relevantes (CCR) na interação terapêutica. Diversas pesquisas tem comprovado a eficácia desse mecanismo de mudança, porém um estudo detalhado das variáveis envolvidas nessa modelagem se faz necessário. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivos verificar os efeitos sobre os CCRs produzidos por dois tipos de intervenções: FAP não sinalizada (FAPNS) e FAP sinalizada (FAPS), e comparar essas intervenções com intervenções analítico comportamentais com foco em análise de contingências externas à terapia (ACE). As intervenções FAPNS consistiram na modelagem de CCRs na interação terapêutica. Já as intervenções FAPS, além da modelagem continham as seguintes variáveis: 1. sinalização e descrição pelo terapeuta da ocorrência de CCRs na interação com o cliente; 2. descrição do terapeuta ao cliente do impacto que os CCRs produzem nele (com relação a sentimentos, pensamentos, etc.); e 3. paralelos realizados pelo terapeuta dos comportamentos do cliente em sessão e fora dela.. Foi utilizado um delineamento intra-sujeito de reversão, de tratamentos múltiplos (A1 B1 A2 C1 A3 B2 A4 C2 A5) para estudar os efeitos dessas intervenções em dois clientes com problemas em relacionamentos interpessoais. A ordem de apresentação das fases foi alternada para cada participante. As sessões foram filmadas e analisadas utilizando o instrumento Functional Analytic Psychotherapy Rating Scale FAPRS. Foram analisadas 27 sessões de cada participante. Os resultados corroboram que a modelagem dos CCRs é o mecanismo de mudança na FAP, visto que os CCRs2 aumentaram de frequência e os CCRs1 diminuíram nas fases em que a FAPS ou FAPNS foram introduzidas. Com o delineamento utilizado conseguimos observar as reversões nas frequências de CRBs nas mudanças entre as fases FAP e ACE. Não foram encontradas diferenças evidentes entre as duas formas de intervenção, FAPS e FAPNS, indicando que a modelagem ocorre quando o terapeuta apresenta a consequência adequada aos CCRs, independente da descrição dos comportamentos