Os efeitos do estresse hídrico na cultura da soja (Glycine Max, (L.) Merrill.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Gava, Ricardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11143/tde-15092014-113209/
Resumo: O Brasil é o segundo maior produtor mundial de Soja e as áreas de plantio se localizam em regiões com os mais diversos regimes pluviais. Esse trabalho estudou os efeitos do estresse hídrico na cultura da soja, causados pela falta de água e pelo excesso, ocorrendo tanto no ciclo total como individualmente nas fases mais importantes. O experimento foi conduzido no Departamento de Engenharia de Biossistemas, da Escola Superior de Agricultura \"Luiz de Queiroz\" - ESALQ/USP, em Piracicaba - SP, no período de Dezembro de 2011 à Março de 2013, tendo sido realizadas duas safras de soja (Safra 2011/2012 e Safra 2012/2013). Foi utilizada a cobertura de uma casa de vegetação, equipada com 48 caixas com controle de drenagem, de 1,1 m de largura por 1,3 m de comprimento e 0,75 m de profundidade. A Evapotranspiração de Referência (ETo) foi calculada pelo método de Penman Montheith - FAO. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 4 repetições. Para aplicação dos tratamentos o ciclo da cultura foi dividido em 4 subperíodos: S1(Desenvolvimento Vegetativo); S2 (Floração à Início da Frutificação); S3 (Completa Formação de Vagens à Formação da Produção); S4 (Maturação). Na Safra 2011/2012, a cultivar utilizada foi a EMBRAPA BRS 316-RR (V1). O plantio foi realizado em 12 Dezembro de 2011 e a colheita em 10 de Abril de 2012. Os tratamentos constaram de 3 lâminas de irrigação: Déficit (50% da ETc); Excesso (150% da ETc) e Irrigação Plena (100% da ETc) variando em 12 diferentes formas de ocorrência: Déficit no ciclo total, Déficit no S1, Déficit no S2, Déficit no S3, Déficit no S4, Excesso no ciclo total, Excesso no S1, Excesso no S2, Excesso no S3, Excesso no S4 e Irrigação Plena (IP). Quando não estavam passando pelo subperíodo de aplicação do tratamento, a parcela era irrigação com irrigação plena. O excesso não foi prejudicial para nenhuma das variáveis analisadas. Já o déficit aplicado na fase de enchimento de grãos resultou em perdas significativas de produtividade. Já na safra 2012/2013, a cultivar de soja utilizada foi a BMX POTÊNCIA RR (V2). O plantio foi realizado em 06 de novembro de 2012 e a colheita em 08 de março de 2013. Nesse caso os tratamentos constaram de 4 lâminas de irrigação (30, 50, 100 e 150% da ETc) aplicadas em cada um dos 4 subperíodos da cultura. O déficit de 50% (moderado) foi chamado de D1 e o déficit de 70% (Severo) foi chamado de D2. Assim, os tratamentos com 50% de déficit ocorrendo nos 4 subperíodos e no Ciclo Total (CT) foram: D1S1V2, D1S2V2, D1S3V2, D1S4V2, D1CTV2. Da mesma forma os tratamentos com déficit de 70% foram chamados de: D2S1V2, D2S2V2, D2S3V2, D2S4V2 e D2CTV2. Houve ainda um tratamento com excesso (150% da ETc) chamado de E1CTV2 e o tratamento testemunha com irrigação plena (IPCTV2). Os resultados mostraram que as lâminas de déficit reduziram a produtividade quando aplicadas no ciclo todo. Porém, quando aplicadas somente em subperíodos, não apresentaram diferenças significativas em relação à irrigação plena.