Sistema de levitação magnética associada à nanopartículas: um novo sistema de cultivo tridimensional in vitro para fragmentos ovarianos bovinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rissato, Deize de Cássia Antonino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-10112023-161835/
Resumo: Objetivo: avaliar a viabilidade, atividade mitocondrial, oxidação e danos no tecido conjuntivo de tecido ovariano bovino cultivado em três diferentes sistemas 3D: levitação magnética (LM), matriz de fibrina-alginato (FA) ou matriz de alginato (ALG). Métodos: Fragmentos ovarianos foram cultivados in vitro com nanopartículas de ouro e óxido de ferro reticuladas por poli-L-lisina (LM) ou FA 1% ou ALG 1%. Os fragmentos foram subdivididos em controle fresco (FC, D0), dia 1 (D1) e dia 7 (D7) após o cultivo. Os fragmentos foram avaliados quanto a viabilidade folicular, fibrose (Picrosirius Red), níveis intercelulares de produção de espécies reativas de oxigênio (ROS, técnica de DCF) sinais de degeneração celular (técnica de iodeto de propídio) e atividade mitocondrial (técnica MitoTracker Orange CMTMRose). As análises estatísticas realizadas foram teste de Kruskal-Wallis, ANOVA, teste exato de Fisher e qui-quadrado por meio do software SAS. Resultados: Viabilidade folicular: o LM apresentou uma maior (P < 0,05) quantidade de folículos normais quando comparado aos demais grupos (FA e ALG). O ALG foi o grupo que mais (P < 0,05) apresentou folículos anormais em comparação ao LM e a FA. Fibrose: o LM apresentou mais semelhanças (P > 0,05) ao CF com relação a quantidade de colágeno tipo I e III. Produção de ROS: todos os grupos apresentaram produção de ERO maior (P < 0,05) quando comparados ao CF (P > 0,05). Viabilidade tecidual: Ao comparar a LM, a FA e o ALG com o CF, observou-se menores (P < 0,05) taxas de degeneração tanto em D1 quanto em D7. Atividade mitocondrial: com relação aos dias D1 e D7, contatou-se que a LM e a FA apresentaram diminuição (P < 0,05) das taxas em D7. Conclusão: O cultivo tridimensional por levitação magnética favorece e preserva a morfologia, a vitalidade e a capacidade respiratória do tecido ovariano durante o cultivo in vitro, sendo mais eficiente em termos de ativação folicular do que os demais cultivos. Nas primeiras 24 horas parece haver um período de reparo após estresse de toda manipulação tecidual. Além disso, em D1 há uma maior taxa de ativação folicular sugerindo não haver necessidade de um cultivo tão extenso para a obtenção de folículos ativados com a morfologia normal. Assim, o cultivo tridimensional por levitação é um método promissor para o cultivo in vitro de tecido ovariano com folículos pré-antrais inclusos.