Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Costa, Julia De Caro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-19072022-163744/
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Resumo: |
Introdução - O excesso de peso, caracterizado como uma condição crônica e multifatorial, apresenta prevalência crescente no Brasil e exige ações de prevenção e controle que sejam intersetoriais e multidisciplinares. Dentre seus determinantes proximais, destacam-se a prática insuficiente de atividade física e o distanciamento de práticas alimentares adequadas e saudáveis. A qualificação dos profissionais atuantes na Atenção Primária à Saúde por meio da educação permanente é etapa fundamental para o enfrentamento do quadro epidemiológico atual. Objetivo - Descrever o processo de desenvolvimento e validação de conteúdo de um protocolo de oficina de educação permanente em saúde para a qualificação em promoção da alimentação adequada e saudável e da atividade física e práticas corporais voltada aos profissionais atuantes na Atenção Primária à Saúde. Métodos - O desenvolvimento do protocolo utilizou como referenciais teóricos o Guia Alimentar para a População Brasileira, o Guia de Atividade Física para a População Brasileira, a Prática Colaborativa Interprofissional e a Metodologia Crítico-Reflexiva (MCR). Foram definidos seis módulos presenciais, totalizando 30 horas de qualificação. A oficina é apresentada textualmente em um protocolo, sendo cada atividade constituída por uma breve apresentação, duração total, material necessário, objetivos, descrição da atividade e resultados esperados. A validação de conteúdo foi realizada em dois painéis de juízes, em que especialistas avaliaram e atribuíram notas aos aspectos de clareza, pertinência e representatividade do protocolo de oficina. Foram calculados o Índice de Validade de Conteúdo (IVC), considerando adequadas as atividades que pontuaram IVC>0,8; e o percentual de representatividade dos referenciais teóricos em cada atividade. Os comentários e notas dos especialistas foram apreciados e as atividades sofreram modificações a fim de melhorar os aspectos apontados. Posteriormente, o protocolo foi revisado sob a ótica do estigma da obesidade por dois especialistas que não participaram dos painéis de juízes. Resultados - Todas as 32 atividades do protocolo foram validadas para clareza e pertinência, sendo o IVC médio do protocolo igual a 0,98. A representatividade obteve resultados condizentes com os objetivos de cada módulo, e o protocolo como um todo teve representatividade da MCR de 86,25%. A revisão sob a ótica do estigma da obesidade apontou 28 sugestões voltadas a recomendações para a equipe executora e inclusão de objetivos e resultados, permitindo que o protocolo da oficina não estimule ou reforce comportamentos estigmatizantes em relação à obesidade, mas sem alterações no conteúdo validado. Conclusão - As atividades da oficina foram avaliadas como adequadas ao objetivo proposto, considerando seu referencial teórico e seu público-alvo. Esta é a primeira oficina de educação permanente em saúde validada a trabalhar em qualificação combinada com o Guia Alimentar para a População Brasileira e o Guia de Atividade Física para a População Brasileira, e pode ser aplicada para a qualificação de profissionais da Atenção Primária à Saúde no contexto do Sistema Único de Saúde. |