A percepção de profissionais da Atenção Primária à Saúde quanto à Educação Permanente em Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silveira, Adaiane Olímpio dos Anjos
Orientador(a): Ribeiro, Mirtes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFVJM
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://acervo.ufvjm.edu.br//handle/123456789/3499
Resumo: Introdução: A Educação Permanente em Saúde (EPS) é uma necessidade da atenção primária à saúde (APS) para uma assistência qualificada, atualizada e humanizada. Objetivo: Conhecer a percepção dos profissionais da APS do município de Porteirinha – MG em relação à EPS. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa, realizada com os profissionais da APS, atuantes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade de Porteirinha em Minas Gerais. Inicialmente foi elaborado roteiro de entrevista e submetido a uma fase de teste, através da realização do teste piloto para 14 profissionais para verificar sua adequação e posteriormente após sofrer alteração foi aplicado a outros 36 profissionais. A partir dos dados coletados e transcritos, foi realizado processamento para a elaboração do corpus do estudo. A análise foi composta pela leitura maciça dos dados, e realizado o agrupamento dos mesmos, para que houvesse a possibilidade de recortes que retratem o cerne do conteúdo. Além disso foram utilizadas frequências absolutas e relativas para caracterização da amostra. Resultados: Os entrevistados (n=36) são em sua maioria do sexo feminino (86,11%), pais ou mães (72,22%), idade até 40 anos (77,78%), casados ou vivem em união estável (61,11%), recebem até 3 salários mínimos (72,22%). No que diz respeito à formação, a maioria possui até 10 anos de educação formal (44,45%) e acumula mais de 6 anos de experiência no cargo (44,45%), predomina entrevistados contratados (55,56%). A maioria dos profissionais entrevistados desconhecem o termo de EPS (58,33%). Os profissionais que tratam a EPS como ações de Educação Continuada (EC), e mesmos aqueles que não reconhecem o termo da EPS, consideram as ações de aprendizagem, importante no âmbito da APS, e referem a sobrecarga de trabalho, falta de tempo, de interesse e de apoio institucional como fatores dificultadores para execução dessas ações. Os fatores positivos para uma EPS sólida e eficiente, conforme a perspectiva dos sujeitos da pesquisa, abrangem o apoio e incentivo da gestão, planejamento e execução, comprometimento profissional, respaldo técnico de entidades governamentais, redução da sobrecarga de trabalho, investigação de falhas, infraestrutura física adequada, presença de autoridades experientes, disponibilidade de horários durante o trabalho e a qualidade dos materiais. Conclusão: Os profissionais devem compreender os princípios da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde para implementá-la efetivamente, inclusive entendendo os conceitos de Educação em Saúde e EC. Este estudo, realizado em uma cidade pequena com realidade similar a muitos municípios brasileiros, oferece insights valiosos que podem desencadear iniciativas de EPS em outras regiões do país.