O direito publiciano na tradição luso-brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Costa Junior, Francisco José de Almeida Prado Ferraz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2131/tde-09042024-110233/
Resumo: As notórias deficiências de titulação dominial no Brasil convidam o jurista a construir soluções alternativas que confiram alguma proteção à expressiva parcela da sociedade que se encontra em situação de irregularidade fundiária. Fenômeno semelhante ocorreu no direito romano, levando o pretor à criação da actio publiciana, ação real concedida a possuidores ad usucapionem portadores de justo título e boa-fé, em que se presumia, ficticiamente, o transcurso do lapso temporal da prescrição aquisitiva. Recepcionada pelo ius commune, a ação publiciana conheceu diversos desenvolvimentos, introduzidos tanto pela dinâmica interna do direito laico quanto pela influência operada pelo direito canônico. O objetivo deste trabalho é, uma vez reconstituída a história da ação publiciana, por meio do estudo histórico-dogmático de seus elementos constitutivos, notadamente a posse, o justo título e a boa-fé, discutir sua persistência e eventuais projeções no direito brasileiro contemporâneo.