Correlação da expressão de podoplanina, ezrina e Rho-A em carcinomas espinocelulares de lábio inferior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Assáo, Agnes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25150/tde-02062015-113816/
Resumo: A localização da podoplanina e da ezrina nas células malignas sugere uma ligação dessas proteínas nos processos de migração e invasão tumoral, ativadas mediante a fosforilação de Rho-A. O objetivo desse estudo foi avaliar a distribuição e a correlação da podoplanina, da ezrina e da Rho-A em 91 carcinomas espinocelulares de lábio inferior, e verificar a associação dessas proteínas com as variáveis clínicas e patológicas, com a evolução e com o prognóstico dos pacientes. Os pacientes foram analisados quanto ao gênero, idade, tabagismo, etilismo, classificação pelo sistema TNM, tratamento, ocorrência de recidivas locorregionais, segundo tumor primário, além da presença de embolização vascular, infiltração perineural, muscular, glandular e comprometimento linfonodal histopatológico. Analisou-se também as expressões imuno-histoquímicas de podoplanina, ezrina e Rho-A no front de invasão tumoral e o índice de malignidade tumoral. A associação entre a podoplanina, a ezrina e a Rho-A com as variáveis clínico-patológicas e a correlação entre as proteínas foram analisadas pelos testes do qui-quadrado e de Spearman, respectivamente. A análise da sobrevivência global em 5 e 10 anos foi feita pelo estimador produto-limite Kaplan-Meier e a comparação da curva de sobrevivência pelo teste log-rank. Os resultados demonstraram uma forte expressão de podoplanina, de ezrina e de Rho-A no front de invasão dos carcinomas espinocelulares de lábio inferior. Houve uma associação significativa entre a expressão citoplasmática de podoplanina com o etilismo (p=0,024), com a recidiva locorregional (p=0,028) e com comprometimento linfonodal histopatológico (p=0,010), porém não foi detectada nenhuma associação significativa entre a ezrina e a Rho-A com as variáveis clínicas e microscópicas analisadas. Uma correlação positiva e estatisticamente significativa entre a expressão de podoplanina membranosa (p=0,000 e r =0,384) e citoplasmática (p=0,000 e r=0,344) com a expressão de ezrina, e da podoplanina membranosa com a expressão de Rho-A (p=0,006 e r=0,282) foi detectada. Nenhuma das três proteínas se mostrou fator de prognóstico significativo para os pacientes com câncer de lábio. Concluímos que a forte expressão membranosa de podoplanina nos carcinomas espinocelulares de lábio inferior pode ajudar a identificar pacientes com menor risco de recidiva locorregional. Além disso, a correlação entre as expressões da podoplanina, da ezrina e da Rho-A pelas células neoplásicas sugere uma participação conjunta destas proteínas nos processos de movimentação celular e invasão tumoral do câncer de lábio.